‘Rastro de papel’ ajuda urna eletrônica nos EUA a ficar mais segura
A adoção crescente de um 'rastro de papel' vai contribuir para tornar a eleição nos EUA deste ano mais segura e confiável do que a de 2016...
A adoção crescente de um ‘rastro de papel’ vai contribuir para tornar a eleição nos EUA deste ano mais segura e confiável do que a de 2016. A reportagem é do New York Times.
“Acho que é seguro dizer que esta é a eleição mais segura que já realizamos nos Estados Unidos”, contou ao jornal David Becker, diretor-executivo do Center for Election Innovation and Research [Centro para Inovação e Pesquisa em Eleições].
Em 2016, agentes russos se infiltraram nos sistemas de votações em todos os 50 estados. Não há prova de que eles tenham alterado os resultados, mas a operação foi suficiente para despertar paranoia e insegurança sobre a credibilidade da eleição.
Não existe um TSE nos Estados Unidos. Cada estado define seu sistema eleitoral, e muitos estados delegam aos condados a responsabilidade de escolher a tecnologia das urnas.
Em 2016, 28% dos eleitores americanos votaram em urnas eletrônicas de registro direto, as chamadas DRE, o mesmo tipo usado no Brasil. Nessas urnas, o único registro do voto está na memória da máquina.
Essa tecnologia causa enorme preocupação em pessoas como Dan Wallach, professor de Ciência da Computação na Rice University. Em parceria com Dana DeBeauvoir, funcionária pública responsável por supervisionar eleições em um condado do Texas, desenvolveu um protótipo de urna batizado de S.T.A.R. (“estrela”), que imprime cédulas de papel para ajudar com verificação e auditoria.
Outro problema nos EUA é que muitas urnas eletrônicas são do tipo touch screen, e telas velhas têm dificuldade de registrar votos com precisão. O eleitor encosta o dedo no nome de um candidato e pode votar em outro.
Em 2018, o Congresso americano deu aos estados mais dinheiro para fortalecerem seus sistemas de votação, e passou a exigir um rastro de papel para todas as urnas eletrônicas novas a serem compradas.
Além do crescimento do número de urnas que criam um rastro de papel, esta eleição será mais segura por causa do número bem maior de eleitores que votam pelos correios, um voto que é no papel por natureza.
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