Quênia em chamas: Protestos contra impostos e sequestros
Protestos massivos no Quênia se espalham após aumentos de impostos controversos. Manifestantes lutam contra a pressão econômica
O Quênia encontra-se imerso em uma onda de protestos nacionais sob a bandeira dos “7 Dias de Fúria”, gerada pela nova Lei das Finanças de 2024. Esta mobilização culminou em um planejado “fechamento total” do país nesta terça-feira (25), em uma demonstração retumbante de descontentamento público.
Os cidadãos, mobilizados e indignados, saíram às ruas em massa para expressar sua rejeição às propostas de aumento de impostos. Tal medida, segundo eles, colocaria ainda mais pressão sobre a já difícil situação econômica dos cidadãos comuns.
O que causou o “fechamento total” no Quênia?
As manifestações foram desencadeadas por uma resposta direta à aprovação da Lei das Finanças de 2024, que prevê significativos aumentos de impostos. Em meio a esta convulsão social, o presidente William Ruto expressou o desejo de dialogar com os manifestantes, reforçando seu orgulho pelo povo que se manifesta pacificamente. No entanto, este clima de tensão é agravado por ações mais severas das forças de segurança.
Denúncias de desaparecimentos e sequestros durante os protestos
A situação dos direitos humanos no Quênia também se torna alarmante, conforme denúncias da Anistia Internacional. Segundo a organização, até 12 pessoas foram “sequestradas no meio da noite” antes dos protestos, incluindo figuras proeminentes como blogueiros, criadores de conteúdo, defensores dos direitos humanos, um médico e um funcionário parlamentar. O diretor executivo da Anistia Quênia, Irũngũ Houghton, destacou o horror causado pelos testemunhos recebidos e a falta de assistência legal para os detidos.
Como a designação dos EUA afeta o Quênia em meio aos protestos?
Paralelamente aos protestos, o Quênia foi destacado no cenário global com uma decisão significativa do presidente dos EUA, Joe Biden. Ele designou o país como um “grande aliado não pertencente à Otan”, um marco importante, dado o contexto dos 60 anos de relações diplomáticas entre as duas nações. Esta designação poderia abrir caminho para uma cooperação mais estreita, mas também coloca os olhos internacionais sobre como o governo queniano está lidando com os protestos e os direitos humanos durante este período tumultuado.
Enquanto o futuro das políticas fiscais no Quênia permanece incerto, a solidariedade entre seus cidadãos e atenção internacional pode jogar um papel crucial nos desenvolvimentos dos próximos dias. A situação exige uma observação contínua, enquanto o mundo espera ver como o diálogo entre o governo e a população se desdobrará em face dos desafios atuais.
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