Quem vai substituir o primeiro-ministro do Haiti?
Ariel Henry, primeiro-ministro do Haiti, anuncia renúncia ao cargo em meio a protestos e instabilidade política. Leia sobre o cenário haitiano e as expectativas para a transição de poder
Ariel Henry, o primeiro-ministro do Haiti, anunciou sua renúncia. A decisão passará a ter efeito assim que um conselho de transição e um substituto temporário forem nomeados.
A renúncia de Ariel Henry
A decisão de Ariel Henry sobre sua renúncia foi tomada na sexta-feira, dia 8, mas a oficialização só ocorreu na noite de segunda-feira, dia 11. O ex-primeiro-ministro também fez um discurso oficial transmitido por vídeo. Henry viajou para o Quênia no mês passado para garantir apoio a uma missão de segurança internacional destinada a combater as gangues armadas do Haiti.
O contexto da renúncia
Os protestos generalizados pedindo a renúncia de Henry aumentaram durante sua ausência no país. Ariel Henry assumiu o poder após o assassinato do último presidente do Haiti, Jovenel Moise, em 2021, e adiou as eleições devido à falta de segurança.
Ele havia anunciado que deixaria o cargo em 7 de fevereiro. Porém, a renúncia foi adiantada em meio a um cenário de grande violência na capital do país, levando ao fechamento do principal porto de carga e à declaração de estado de emergência.
A transição no Haiti
Para estabelecer um consenso sobre como devolver a estabilidade à ilha, representantes do governo haitiano se encontraram com líderes da Comunidade dos EUA e das Caraíbas (CARICOM). É esperado que um conselho presidencial de transição seja formado por dois observadores e sete membros votantes que representam diversos setores da sociedade haitiana.
Este conselho exercerá poderes presidenciais específicos por maioria de votos, nomeará um primeiro-ministro interino e um gabinete, e estabelecerá um conselho eleitoral provisório para preparar as primeiras eleições no Haiti desde 2016.
O futuro do Haiti
A questão sobre quem integrará o conselho de transição ainda está em aberto, mas é esperado que seus membros provenham do setor empresarial e dos partidos políticos ou coligações do Haiti. Porém, qualquer pessoa condenada, acusada ou sancionada pela ONU não poderá ser membro do conselho.
Além disso, a segurança dever ser restabelecida antes das próximas eleições. Assim, o Haiti iniciará um novo capítulo de sua história, com a expectativa de superar a instabilidade política e social vivenciada nos últimos anos.
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