“Quem fala em derrota absoluta do Hamas não está falando a verdade”
Gadi Eisenkot, Ministro do Gabinete de Guerra de Israel e ex-chefe do Estado-Maior, contradiz publicamente o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sobre a guerra em Gaza. Em entrevista, Eisenkot critica a narrativa de vitória absoluta sobre o Hamas e sugere eleições para reconstruir a confiança do público.
Gadi Eisenkot, Ministro do Gabinete de Guerra de Israel e ex-chefe do Estado-Maior, contradiz publicamente o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sobre a guerra em Gaza. Em entrevista, Eisenkot critica a narrativa de vitória absoluta sobre o Hamas e sugere eleições para reconstruir a confiança do público.
Figura central no Gabinete de Guerra, Gadi Eisenkot rompeu o silêncio em uma entrevista ao Canal 12, onde questionou a abordagem de Netanyahu no conflito: “Quem fala em derrota absoluta do Hamas não está falando a verdade”, afirmou.
A divergência entre Eisenkot e Netanyahu é mais do que uma mera diferença de opiniões; ela revela um racha importante na unidade do governo israelense. Apoiado pelo ministro Benny Gantz, Eisenkot defende um acordo para trazer os reféns israelenses de volta, enquanto Netanyahu e o ministro da defesa Yoav Galant se opõem. Atualmente, acredita-se que o Hamas mantenha cerca de 136 israelenses como reféns, resultado do Massacre de 7 de outubro.
De general a “ministro sem pasta”
Gadi Eisenkot, 63 anos, é um general e político israelense do partido União Nacional. Após uma destacada carreira militar, onde serviu como o 21º Chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel de 2015 a 2019, ingressou na política. Em 2023, ele foi empossado como “ministro sem pasta” no governo de Israel.
Durante a carreira militar, Eisenkot comandou a Brigada Golani e serviu como Secretário Militar do Primeiro Ministro Ehud Barak. Sua trajetória incluiu participações em conflitos como a Guerra do Líbano de 1982, o conflito do Sul do Líbano (1982-2000) e a Guerra do Líbano de 2006.
Como Chefe do Estado-Maior, Eisenkot se concentrou em fortalecer as forças terrestres das FDI e implementou o plano multianual “Gideon”, que enfatizava a construção de forças e a formação de um comando cibernético.
Na política, Eisenkot apoia uma solução de dois estados com os palestinos e defende um cessar-fogo de longo prazo e desmilitarização na Faixa de Gaza. Eisenkot também considera a polarização política doméstica uma ameaça.
Eisenkot é graduado em História pela Universidade de Tel Aviv e possui pós-graduação em Ciência Política pela Universidade de Haifa. Casado e pai de cinco filhos, reside atualmente em Herzliya. Num evento trágico, um de seus filhos, o sargento Gal Meir Eisenkot, foi morto durante a guerra em Gaza em dezembro de 2023, aos 25 anos.
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