“Queimam os rostos para torná-los irreconhecíveis”, diz Zelensky
Presidente ucraniano acusou as forças russas de esconder evidências da participação de norte-coreanos na guerra
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou as forças russas de “queimar os rostos” de soldados norte-coreanos mortos no conflito na Ucrânia como tentativa de apagar qualquer evidência da participação na guerra.
“Houve tentativas de manter em segredo a presença de soldados norte-coreanos. Enquanto estavam sendo treinados, foram até proibidos de mostrar o rosto. Qualquer evidência de vídeo da sua presença foi apagada pelas forças russas. E agora, depois das batalhas com as nossas tropas, os russos estão literalmente a tentar queimar os rostos dos soldados norte-coreanos mortos ”, disse.
Zelensky classificou a atitude como “desumana” e reforçou o pedido de apoio da comunidade internacional para aumentar a pressão sobre a Rússia e a Coreia de Norte.
De acordo com o Serviço de Segurança da Ucrânia, a esposa de um soldado russo revelou, através de mensagens interceptadas, a presença de 220 norte-coreanos hospitalizados na região de Moscou.
As autoridades ucranianas, contudo, limitam-se a confirmam a morte de dezenas de vítimas.
Centenas de baixas
Um oficial militar dos Estados Unidos disse que houve em centenas de baixas, feridos e mortos, entre os soldados norte-coreanos engajados nos conflitos na área de Kursk.
Segundo ele, os agentes “nunca haviam participado de uma batalha antes”, o que pode ter causado uma perda significativa contra as forças ucranianas.
A Rússia e a Coreia do Norte firmaram recentemente um acordo de defesa mútua que entrou em vigor no início deste mês. Este acordo prevê assistência militar imediata em caso de agressões externas.
Em outubro, o vice-embaixador dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU), Robert Wood, confirmou a presença de 8 mil militares da ditadura norte-coreana em Kursk, na Rússia.
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