Queda surpreendente: ex-chefe de justiça da Libéria, Gloria Maya Musu-Scott, condenada à prisão perpétua
Libéria amanhece com a surpreendete notícia de prisão perpétua para ex-chefe de justiça
A ex-chefe de justiça e ministra da justiça da Libéria, Gloria Maya Musu-Scott, foi condenada à prisão perpétua pelo brutal assassinato de sua sobrinha, revela BBC. Este fato marca a queda de uma das juízas e políticas mais famosas da Libéria, que se orgulhava de ser defensora dos direitos da mulher. Musu-Scott, 70 anos, agora está presa, na expectativa de reverter a sentença em recurso.
Os detalhes do caso
Um juiz condenou a juíza aposentada após condenação de um júri pela morte de Charloe Musu, 29. No julgamento de Musu-Scott, ficou provado que ela, junto com outras três mulheres, havia “infligido intencionalmente e de forma maliciosa vários danos físicos” à sua sobrinha em sua casa, em junho passado. Musu sofreu ferimentos em seu peito, mão direita, coxa esquerda e axila esquerda após ser esfaqueada com um objeto cortante, supostamente uma faca, conforme alegado pela acusação. A ex-chefe de justiça negou a acusação, alegando que a jovem de 29 anos foi morta por um “assassino” que entrou em sua casa na capital, Monróvia.
A reação do público ao caso
Sua prisão veio como um choque para muitos liberianos e seu julgamento foi acompanhado de perto, especialmente porque ocorreu às vésperas das eleições presidenciais de dezembro. Musu-Scott era uma proeminenta membro do partido político do presidente eleito Joseph Boakai, e fazia parte de sua poderosa equipe jurídica que desafiou com sucesso a recusa da comissão eleitoral em permitir que os partidos vissem o cadastro de eleitores. Os parentes, amigos e apoiadores de Musu-Scott choraram após a condenação dada pelo juiz Roosevelt Z Willie a ela e às outras três mulheres, com idades entre 80, 36 e 20 anos, relatou a mídia local.
Carreira política passada de Musu-Scott
Musu-Scott serviu como ministra da justiça da Libéria e depois como sua juíza mais senior – a Chefe de Justiça do Supremo Tribunal – até sua aposentadoria em 2003. Ela posteriormente entrou para a política e foi deputada no condado de Maryland até 2012, de acordo com o site African Women in Law. Em 2012, foi nomeada presidente do Comitê de Revisão Constitucional, quando a Libéria tentou fortalecer a democracia e a boa governança após a regra autoritária e conflitos no passado.
Próximos passos legais
O advogado de Musu-Scott, Augustine Fayiah, disse à BBC que recorrerá da condenação e sentença nos próximos dias. O recurso listará os “erros” do juiz e demonstrará que os jurados não agiram de maneira independente, alegou. “Suas decisões foram influenciadas por funcionários do Ministério da Justiça”, alegou o advogado. Após a decisão do júri no mês passado, um advogado de acusação foi citado dizendo que havia evidências avassaladoras contra os acusados e acreditava que o veredito estava correto.
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