Putin responde insinuações sobre bombas nucleares em Kiev
Putin descreveu as insinuações do governo ucraniano sobre a possível produção de armas nucleares como uma “provocação perigosa”
Putin respondeu publicamente pela primeira vez às declarações do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que, à margem da cimeira da UE em Bruxelas, reiterou o seu pedido de um convite rápido à adesão à Otan – caso contrário, só restaria ao seu país, que foi atacado pela Rússia, o rearmamento nuclear.
Zelensky recordou também os acordos feitos no Memorando de Budapeste de 1994 que não foram cumpridos. Naquela altura, após o colapso da União Soviética, a Ucrânia desistiu das armas nucleares soviéticas estacionadas no seu território. Em troca, as potências nucleares prometeram segurança ao país, mas isso não funcionou.
O chefe do Kremlin, Vladimir Putin, descreveu as insinuações do governo ucraniano sobre a possível produção de armas nucleares como uma “provocação perigosa”. Qualquer passo nesta direção “resultará numa reação apropriada”, disse Putin numa entrevista a jornalistas dos chamados países BRICS em Moscou.
Embora não seja difícil produzir armas nucleares no mundo moderno, ele duvidou da capacidade da Ucrânia para o fazer. “Não sei se a Ucrânia é capaz disso agora. Para a Ucrânia hoje não é tão fácil, mas em geral não há grandes dificuldades aqui.”
Segundo Putin, a Rússia não vê possibilidade de a Ucrânia construir uma bomba nuclear despercebida. “A Rússia é capaz de rastrear qualquer movimento visando a obtenção de armas nucleares por Kiev.”
Otan acusa Rússia de violar o espaço aéreo da Romênia
A Otan acusou a Rússia de violar novamente o espaço aéreo. De acordo com o secretário-geral Mark Rutte, um míssil entrou no espaço aéreo da Romênia, membro da aliança, que faz fronteira com a Ucrânia, na noite de quinta-feira, 17 de outubro.
As autoridades romenas e o comandante-chefe das forças da Otan na Europa reagiram rápida e eficazmente, disse ele numa conferência de imprensa após uma reunião dos ministros da defesa dos estados da aliança em Bruxelas.
Segundo informações da Romênia, dois caças espanhóis F-18 da vigilância aérea da Otan foram alertados antes do míssil cruzar a fronteira, a fim de controlar a situação. A Força Aérea Romena também enviou duas aeronaves F-16. No entanto, os pilotos não precisaram intervir.
Segundo as informações, já não havia sinal de radar cerca de 20 minutos depois de o míssil ter entrado no espaço aéreo romeno. Foi considerado possível que o míssil fosse um drone russo que ficou fora de controle. No entanto, os aviões de combate não tiveram contato visual e nenhum destroço foi encontrado até agora.
Os moradores da região foram convidados a ir para porões ou abrigos por causa do alarme aéreo. O objeto voador penetrou cerca de 14 quilômetros de profundidade no espaço aéreo romeno.
Desde o início da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, os drones russos penetraram várias vezes no espaço aéreo da vizinha Romênia. Até agora, porém, a Otan não havia assumido que eles foram deliberadamente dirigidos para lá com o objetivo de um ataque.
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