Putin não quer a paz e não está disposto a negociar, diz Macron
Declaração foi feita após a Rússia lançar um ataque em larga escala contra infraestruturas de energia da Ucrânia
O presidente francês, Emmanuel Macron (foto), afirmou neste domingo, 17, que o ditador russo, Vladimir Putin, “não quer a paz com Kiev e não está disposto a negociá-la”.
A declaração foi feita após as forças de Putin lançarem um ataque em larga escala contra infraestruturas de energia da Ucrânia. Segundo o presidente Volodymyr Zelensky, 120 mísseis e 90 drones foram lançados contra o país na manhã deste domingo, 18.
“Penso que é claro que as intenções do presidente Putin são intensificar os combates”, afirmou Macron em Buenos Aires, na Argentina.
“Independentemente de quais sejam as suas declarações, ele não quer a paz e não está disposto a negociá-la”, acrescentou o presidente francês, que não descartou a possibilidade de voltar a conversar com Putin, mas apenas quando “o contexto” for adequado.
O ataque deste domingo, combinado de drones e mísseis, foi o mais poderoso em três meses.
Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Rússia utilizou vários tipos de drones, incluindo Shaheds iranianos, além de mísseis de cruzeiro, balísticos e mísseis balísticos lançados por aeronaves.
As forças de defesa ucranianas abateram 140 alvos aéreos, afirmou o presidente em declaração no Telegram.
EUA autorizam Ucrânia a usar mísseis de longo alcance
Os Estados Unidos autorizaram neste domingo, 18, a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance de fabricação americana dentro do território da Rússia.
O uso de armas estrangeiras contra os russos é uma demanda aguardada há algum tempo pela Ucrânia. Em agosto, Zelensky disse que só conseguiria frear o avanço das forças de Vladimir Putin se aliados autorizassem o uso de armas de longo alcance.
O armamento era vetado pelo temor de uma implicação mais direta da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na guerra.
A maioria dos aliados da Ucrânia autoriza o país a usar as armas estrangeiras apenas para a defesa do próprio território. Com a mudança de entendimento, o Exército ucraniano pode atacar a Rússia com as armas fabricadas e cedidas pelos americanos.
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