Protestos mancham votação presidencial na Rússia
Descubra os protestos nas eleições presidenciais na Rússia, marcados pelo uso simbólico de tinta verde e as ações desafiadoras dos manifestantes.
O início das eleições presidenciais na Rússia foi marcado por uma onda de protestos. Em várias partes do país, os manifestantes recorreram à tática de derramar tinta nas urnas para demonstrar sua insatisfação com o cenário político atual. A ação reafirma a certeza do quinto mandato de Vladimir Putin, especialmente tendo em vista a proibição de dissidência no país desde o início da invasão da Ucrânia.
Os Protestos
Os protestos capturados por câmeras de segurança em várias zonas de votação incluem imagens de uma jovem despejando tinta verde em uma urna eleitoral em Moscou. Tão logo o ato foi registrado, ela foi detida e acusada de obstrução eleitoral, segundo a agência de notícias estatal russa RIA Novosti. Os protestos repetiram-se em Voronezh, Rostov e Karachay-Cherkessia, indicando uma ação deliberada e organizada, segundo Alena Bulgakova, presidente da Câmara Cívica Russa.
Repercussão das Manifestações
As manifestações não se limitaram ao uso de tinta. Em Moscou, uma mulher foi presa após incendiar uma cabine de votação. Já em São Petersburgo, Putin’s hometown, uma mulher lançou um coquetel molotov contra a placa de uma zona eleitoral. As autoridades rapidamente controlaram o incêndio e não houve relatos de feridos. Ella Pamfilova, chefe do Comitê Eleitoral Central da Rússia, condenou os manifestantes e afirmou, sem provas, que muitos daqueles que derramaram líquidos nas urnas foram pagos para isso.
Recordações da Tinta Verde
A tinta verde usada nos protestos não é uma novidade na Rússia. A substância tem sido utilizada em ataques contra figuras da oposição e jornalistas russos. Alexei Navalny, crítico do Kremlin e adversário destacado de Putin, foi uma das vítimas dessa prática. Ele sofreu danos na visão após um ataque com esse pigmento em 2017. Navalny faleceu misteriosamente em uma prisão no Ártico há um mês, o que intensificou ainda mais os ânimos dos manifestantes.
Apelo à resistência
Em meio à comoção gerada pelos protestos e pelo clima de incerteza política, Yulia Navalnaya, viúva do falecido Navalny, fez um apelo aos russos. Ela chamou os cidadãos para repudiarem a “falsa” eleição presidencial e para comparecerem em massa no último dia de votação, como forma de demonstração de oposição.
A eleição presidencial na Rússia, marcada pelos protestos e pela certeza de mais um mandato de Putin, revela o tenso panorama político do país e aguça as incertezas em relação ao seu futuro democrático.
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