Proibição do X pode afastar investidores do Brasil, diz Bill Ackman
Megainvestidor de Wall Street, da Pershing Square Capital, compara decisão de Moraes ao governo chinês
Bill Ackman (foto), um dos mais importantes investidores do mundo, criticou a suspensão do X no Brasil por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O megainvestidor de Wall Street é fundador da Pershing Square Capital.
“O fechamento ilegal do X e o congelamento de contas na Starlink no Brasil colocaram o Brasil em um caminho rápido para se tornar um mercado não investível”, escreveu na rede social.
Ackman também comparou a decisão do STF ao governo chinês:
“A China cometeu atos semelhantes, levando à fuga de capital e ao colapso nas avaliações. O mesmo acontecerá com o Brasil, a menos que eles recuem rapidamente desses atos ilegais”, acrescentou.
Moraes determinou na sexta-feira, 30 de agosto, a derrubada “imediata, completa e integral” do funcionamento do X no Brasil. A decisão vale até que todas as ordens judiciais proferidas pelo ministro relacionadas à ferramenta sejam cumpridas.
O ministro determinou a derrubada da rede social após a empresa de Elon Musk não ter indicado um representante legal no Brasil. Esse prazo havia se encerrado na noite de quinta-feira.
Ele também estabeleceu uma multa diária de R$ 50 mil para quem tentar burlar o bloqueio ao X por meio de VPN. Inicialmente, o magistrado havia determinado que a Apple e o Google impusessem “obstáculos tecnológicos capazes de inviabilizar” o acesso ao X, mas ele recuou desse trecho da decisão.
Em sua decisão, Moraes afirmou que Elon Musk demonstrou “total desrespeito à soberania brasileira e ao Poder Judiciário” ao não cumprir ordens determinadas pelo magistrado.
O magistrado também determinou o bloqueio financeiro da Starlink como uma medida de cobrar multas aplicadas contra o X. Segundo Moraes, a Starlink e o X fariam parte de um “grupo econômico de fato” e por isso o dinheiro de uma poderia ser usado para cobrir as dívidas legais da outra.
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