Primeiro-ministro da Eslováquia segue em estado grave
Robert Fico foi baleado nesta quarta-feira, 15, enquanto cumprimentava apoiadores após deixar uma reunião do governo em Handlova
O ministro da Defesa da Eslováquia, Robert Kaliňák, afirmou nesta quinta-feira, 16, que a condição do primeiro-ministro Robert Fico (foto) ainda é muito grave. O premiê foi baleado nesta quarta-feira, 15, enquanto cumprimentava apoiadores após deixar uma reunião do governo em Handlova, cidade que fica a cerca de 190 quilômetros da capital do país, Bratislava.
Em entrevista coletiva, Kaliňák, que também é vice-primeiro-ministro, disse que os médicos do hospital em que Fico está internado conseguiram estabilizá-lo durante a noite.
“Infelizmente o estado continua muito grave devido à natureza complicada das feridas, mas todos queremos acreditar firmemente que conseguiremos gerir a situação”, afirmou.
Miriam Lapunikova, diretora do Hospital Universitário FD Roosevelt, em Banská Bystrica, disse que o primeiro-ministro de 59 anos foi submetido a uma cirurgia de cinco horas com duas equipes para tratar vários ferimentos de bala.
“Neste momento, sua condição está estabilizada, mas é realmente muito grave, ele estará na unidade de terapia intensiva”, afirmou Lapunikova à imprensa local.
Suspeito detido
A presidente da Eslováquia, Zuzana Čaputová, confirmou nesta quarta que a polícia prendeu o suspeito do ataque ao primeiro-ministro do país, Robert Fico.
O suspeito é um ex-segurança de 71 anos, que abordou o primeiro-ministro eslovaco após ele deixar a Casa da Cultura em Handlova.
Ele foi acusado por tentativa de homicídio do primeiro-ministro da Eslováquia. As autoridades do país, no entanto, ainda não confirmaram qual foi a motivação do crime.
Polarização
Como o tiroteio foi a primeira grande tentativa de assassinato de um líder político europeu em mais de 20 anos, a imprensa eslovaca atribui o ataque à polarização no país.
A presidente da Eslováquia, Zuzana Čaputová, disse que os chefes dos partidos políticos do país se reuniriam num esforço para trazer calma.
“Vamos sair do círculo vicioso de ódio e acusações mútuas”, disse Čaputová em entrevista coletiva. “O que aconteceu ontem foi um ato individual. Mas a atmosfera tensa de ódio foi o nosso trabalho coletivo.”
“Se há algo que o povo da Eslováquia precisa urgentemente hoje, é pelo menos um acordo básico e uma unidade entre a representação política eslovaca. E se não for consenso, então, por favor, pelo menos formas civilizadas de discutir entre si”, acrescentou Peter Pellegrini, presidente eleito da Eslováquia e aliado de Fico.
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