Primeira-ministra dinamarquesa fala sobre ameaça de Trump de anexar Groenlândia
Apesar das incertezas, ela não acredita que Trump tentará anexar o Groenlândia à força. "Não temos razões para acreditar que isso ocorrerá", afirmou
As declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, têm gerado perplexidade na Dinamarca, especialmente após ele sugerir a possibilidade de uso da força para a anexação do Groenlândia, um território autônomo dinamarquês.
Trump deve assumir a presidência no dia 20 de janeiro e já está articulando sua posição em relação ao território.
Na sequência das ameaças, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, expressou sua intenção de dialogar com o novo presidente, que durante sua campanha reafirmou a importância da Groenlândia para a segurança nacional dos EUA.
Trump considera o controle da ilha como uma “necessidade absoluta” para garantir a liberdade em nível global.
Os comentários de Trump surgem em um momento em que seu filho, Donald Trump Jr., estava realizando uma visita ao Groenlândia, amplamente divulgada pela mídia como uma “visita turística”.
Manter um diálogo construtivo
A pressão sobre o território intensificou-se desde que o presidente eleito começou a manifestar suas intenções expansionistas no final de 2024.
Após uma reunião com líderes dos partidos no parlamento dinamarquês e representantes groenlandeses, Mette Frederiksen declarou que seria importante manter um diálogo construtivo.
Apesar das incertezas, ela não acredita que Trump tentará anexar o Groenlândia à força. “Não temos razões para acreditar que isso ocorrerá”, afirmou.
O ministro das Relações Exteriores dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, também comentou sobre as declarações de Trump. Ele enfatizou a importância de levar o presidente eleito a sério, mas sem interpretar suas palavras de forma literal.
Entre os partidos dinamarqueses, há uma confiança geral na capacidade do governo dinamarquês de colaborar estreitamente com os Estados Unidos.
A deputada groenlandesa Aki-Mathilda Hoegh-Dam elogiou o diálogo aberto da primeira-ministra e ressaltou a importância de manter um bom relacionamento com os EUA.
“A Groenlândia pertence ao povo do Groenlândia”
Em resposta às ameaças de Trump sobre tarifas elevadas sobre produtos dinamarqueses caso suas exigências não fossem atendidas, Frederiksen reafirmou que “a Groenlândia pertence aos groenlandeses”.
Historicamente, Trump já havia demonstrado interesse em comprar o Groenlândia durante seu primeiro mandato em 2019, proposta que foi prontamente rejeitada por Frederiksen como sendo “absurda”.
O governo groenlandês reafirmou sua determinação em controlar seu próprio destino e manter relações próximas com os Estados Unidos.
Em um comunicado recente, enfatizou: “A Groenlândia pertence ao povo do Groenlândia – e seu desenvolvimento e futuro são decididos exclusivamente por eles.”
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