Há pouco mais de um mês no cargo, a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss (foto), pediu desculpas pelos “erros” cometidos em seu governo e afirmou que vai liderar o Partido Conservador até a próxima eleição, prevista para 2025.

As declarações foram dadas dias depois de Truss ser obrigada a demitir seu ministro da Fazenda, Kwasi Kwarteng, para conter a queda da libra à menor cotação em todos os tempos —o novo titular da pasta, Jeremy Hunt, já anunciou que vai descartar quase todo o plano de corte de impostos da primeira-ministra, muito mal recebido pelos mercados. Estima-se que o plano custaria 45 bilhões de libras (cerca de R$ 270 bilhões) aos cofres públicos.

“Acho que a marca de um político honesto é quando ele diz ‘sim, eu cometi um erro’. Eu lidei com esse erro, e agora precisamos entregar [resultados] para as pessoas”, declarou Truss em entrevista à BBC britânica. “Peço desculpas por esses erros, mas eu os corrigi”, acrescentou.

“Lideranças conservadoras temem que o partido, já abalado pelos conturbados últimos meses de Boris Johnson no poder, corra o risco de sofrer uma derrota contundente no caso de uma eleição antecipada”, escreve O Globo. Cinco parlamentares do partido da premiê já defenderam sua renúncia.