“Previsão sombria”: ofensiva russa com 100 mil homens no verão
O comandante das forças terrestres ucranianas considerou “possível” uma ofensiva de verão russa envolvendo 100 mil homens, ao mesmo tempo que considerou que essa era a “previsão mais sombria”
O comandante das forças terrestres ucranianas considerou “possível” uma ofensiva de verão russa envolvendo 100 mil homens, ao mesmo tempo que considerou que essa era a “previsão mais sombria” e que este contingente também poderia ser destinado a compensar perdas humanas.
As forças russas “estão criando um grupo de mais de 100 mil pessoas”, disse o general Oleksandr Pavlyuk à televisão nacional ucraniana. “Não será necessariamente uma ofensiva. Talvez eles o utilizem para reconstituir as suas unidades e estejam perdendo as suas capacidades de combate”, acrescentou.
“Mas é possível que no início do verão tenham forças para realizar operações ofensivas numa das direções”, disse, lembrando que este cenário representava “a previsão mais sombria”. “Não conhecemos totalmente os planos da Rússia. Sabemos apenas quais dados eles têm e o que estão criando”, disse ele.
O exército russo reivindicou nos últimos meses a conquista de aldeias face à falta de munições dos soldados ucranianos, mas a frente está em grande parte congelada há mais de um ano, e nenhum dos lados conseguiu um verdadeiro avanço.
O alerta do tenente-general ucraniano Oleksandr Pavliuk ocorre no momento em que o Kremlin admite que estava “em estado de guerra” com a Ucrânia, quando lançou uma onda de 90 mísseis e mais de 60 ataques de drones kamikaze durante a noite, no que as autoridades ucranianas disseram ser uma tentativa de paralisar o país, atingindo sua infraestrutura energética.
Kharkiv sofreu um apagão em quase toda a cidade, com o fornecimento de água cortado, de acordo com relatórios locais. Noutros pontos de Zaporizhzhia, os ataques à maior central nuclear da Europa deixaram a instalação numa posição “extremamente perigosa”, enquanto a maior barragem da Ucrânia, uma central hidroelétrica no rio Dnipro, está em condições “críticas” após um ataque com mísseis, informaram autoridades.
Moscou realizou os ataques “em resposta” aos ataques de soldados pró-Kiev em cidades fronteiriças russas na semana passada, disse o Ministério da Defesa em comunicado.
Rússia prende sete rebeldes pró-Ucrânia em Moscou
O serviço de segurança da Rússia prendeu sete residentes de Moscou ligados a uma milícia pró-Ucrânia acusada de invadir as regiões fronteiriças da Rússia, informaram agências de notícias estatais.
“Os sete residentes detidos em Moscou mantinham contatos com o Corpo de Voluntários Russo, agindo como parte do exército ucraniano”, disseram as autoridades russas.
Um vídeo publicado por agências de notícias estatais mostrou agentes do regime russo invadindo um apartamento e detendo um dos suspeitos, bem como uma foto que supostamente mostrava um esconderijo de armas apreendidas.
As detenções coordenadas ocorrem poucos dias depois de Vladimir Putin ter ordenado fosse travada uma repressão implacável contra os combatentes, a quem chamou de “escória” e traidores.
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