Pressão internacional não impedirá ofensiva em Rafah, diz Netanyahu
Declarações foram feitas no dia em que o primeiro-ministro israelense recebe o chanceler alemão, Olaf Scholz
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (foto), afirmou neste domingo, 17, que a pressão internacional não impedirá Israel de lançar uma ofensiva em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
“Nenhuma pressão internacional nos impedirá de alcançar todos os objetivos da nossa guerra” contra o grupo terrorista Hamas, afirmou o premiê de Israel no início de uma reunião de seu governo.
“Atuaremos em Rafah, levará algumas semanas, mas vai acontecer”, acrescentou, segundo comunicado divulgado por seu governo.
As declarações foram feitas no dia em que Netanyahu recebe o chanceler alemão, Olaf Scholz. Essa será a segunda visita de Scholz a Israel desde o início da guerra contra os terroristas do Hamas.
Na sexta-feira, após o anúncio da aprovação de Netanyahu para uma operação militar em Rafah, o Ministério das Relações Exteriores alemão insistiu que a ofensiva “não tinha justificativa”.
A expectativa da ofensiva militar também provocou a reação de Joe Biden. O presidente dos Estados Unidos afirmou na semana passada que a abordagem do premiê israelense em relação à guerra “mais prejudicava do que ajudava”.
Desde fevereiro o presidente dos EUA tenta dissuadir Israel de prosseguir com a ação militar em Rafah, cidade ao sul da Faixa de Gaza que abriga civis palestinos que tentam escapar da guerra na região.
Biden chegou a alertar Netanyahu que atacar Rafah no Ramadã seria cruzar uma “linha vermelha”.
O primeiro-ministro israelense afirmou, em resposta:
“Nós iremos para lá. Nós não vamos embora. Você sabe, eu tenho uma linha vermelha. Você sabe o que é a linha vermelha? Que o 7 de outubro não volte a acontecer. Nunca mais aconteça. E para fazer isso, temos que completar a destruição do exército terrorista do Hamas.”
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