O Presidente eleito iraniano, Masoud Pezeshkian, assegurou na segunda-feira, 15 de julho, ao líder da ala política do Hamas, Ismail Haniye, que o Irã vai manter o apoio aos palestinos, noticiaram os órgãos de comunicação social iranianos.

“Faremos o nosso melhor para acabar com a guerra e o genocídio”, disse Pezeshkian a Haniye durante uma conversa telefónica sobre a guerra em curso na Faixa de Gaza, segundo a agência noticiosa iraniana Mehr.

Pezeshkian disse que o Irã quer “o fim da ocupação” israelense e que os palestinos tenham “todos os seus direitos”.

Na conversa com Haniye, o Presidente eleito do Irã condenou também o recente bombardeamento israelense contra Al Mauasi, que causou pelo menos 90 mortos. O líder da ala militar do Hamas, Mohamed Deif, seria um dos alvos do ataque contra Al Mauasi.

Pezeshkian disse que o ataque é “prova do desejo do regime sionista de continuar o genocídio da nação palestina e quebrar a vontade da resistência”.

Haniye agradeceu o apoio e reiterou as acusações contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pela falta de um acordo para um cessar-fogo em Gaza, apesar de ter proposto novas condições.

Pressão para cessar-fogo

O diretor da CIA, Bill Burns, disse em uma conferência a portas fechadas no fim de semana que a agência avalia que o líder do Hamas, Yahya Sinwar, está sob pressão crescente dos comandantes do grupo terrorista para aceitar um acordo de cessar-fogo em troca dos reféns, informou a CNN na terça-feira, 16 de julho

O relatório foi baseado no relato de um indivíduo que esteve presente na discussão no retiro anual de verão da Allen & Company em Sun Valley, no sábado.

Burns disse na reunião que Sinwar está incomodado com o crescente ressentimento entre os palestinos pelo sofrimento causado pela guerra que começou com o devastador ataque de 7 de outubro a Israel, segundo a fonte, que falou sob a condição de anonimato.

Os comandantes seniores do Hamas estariam fartos da guerra, agora no seu décimo mês, e pressionando Sinwar a concordar com uma proposta de Israel que foi promovida pelo presidente dos EUA, Joe Biden, no final de maio.

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