Presidente do Congresso da Venezuela pede prisão de Corina e González
Chavista Jorge Rodríguez acusa opositores de "conspiração fascista", e ditador Maduro tenta culpar os dois pelos protestos no país
Um dos principais nomes da ditadura chavista de Nicolás Maduro, o presidente do Congresso da Venezuela, Jorge Rodríguez (foto), pediu nesta terça-feira, 30 de julho, a prisão dos opositores María Corina Machado e Edmundo González Urrutia.
Impedida de concorrer à Presidência pela ditadura, Corina é a principal líder oposicionista da Venezuela. González, diplomata de carreira, foi o candidato da oposição que venceu o pleito do último dia 28, fraudado pelo regime de Maduro.
A vitória de González é comprovada pelas atas que a oposição venezuelana conseguiu reunir e publicar na internet, ao passo que o Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo chavismo, não divulgou as atas até hoje, dois dias depois de anunciar Maduro como “vencedor” da eleição.
‘Conspiração fascista’
“Quando digo chefe, não me refiro somente a María Corina Machado, que tem que ser presa”, berrou Rodriguez em seu discurso desta terça no Congresso (clique no vídeo abaixo para assistir).
“Me refiro a Edmundo González Urrutia, porque é o chefe da conspiração fascista que estão tentando impor à Venezuela”, acrescentou o presidente do Congresso.
O chefe de Rodríguez seguiu a mesma linha. Em declarações nesta terça, Maduro atribuiu a Corina e González a responsabilidade por “gangues criminosas” nos protestos contra a fraude eleitoral que estão ocorrendo em toda a Venezuela.
“A Justiça tem de vir, porque essas coisas não podem voltar a acontecer”, declarou o ditador, cuja “vitória” eleitoral pode deixá-lo no poder por 17 anos, até 2030.
Risco de sequestro
Como publicamos mais cedo, o ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, opositor da ditadura, acusou Maduro de já ter ordenado o “sequestro” de Corina.
“Recebemos informações da Venezuela de que policiais tentarão prendê-la, assim como outros líderes do comando de campanha. Esta é uma ditadura que age sem consideração quando se trata de violação dos direitos humanos“, escreveu Ledezma, que está exilado em Madri, na rede social X.
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