Prefeito de Nova York indiciado por corrupção
Adams nega as acusações e promete lutar contra o que chamou de "injustiça"
O prefeito de Nova York, Eric Adams, foi indiciado por corrupção, segundo a Associated Press. Esse desdobramento segue semanas de buscas, intimações e renúncias de altos funcionários, mergulhando o governo da cidade em uma crise política sem precedentes.
Em um pronunciamento gravado, Adams negou veementemente qualquer envolvimento em crimes e prometeu permanecer no cargo. “Eu sempre soube que, ao defender o povo, me tornaria um alvo — e alvo eu me tornei”, declarou. Ele classificou as acusações como “totalmente falsas” e afirmou que lutará “com todas as forças” contra o que chamou de injustiças.
As investigações que cercam a administração de Adams começaram em novembro de 2023, quando o FBI realizou uma busca na casa de sua principal arrecadadora de fundos. Desde então, dispositivos eletrônicos de Adams e de seus principais assessores foram apreendidos pelas autoridades. Há suspeitas de irregularidades envolvendo doações de campanha e possíveis ligações entre a administração do prefeito e o governo turco.
A situação se agrava com as recentes renúncias de figuras-chave da administração municipal, como o comissário de polícia e o secretário de educação. Além disso, surgiram múltiplas investigações federais sobre pessoas próximas ao prefeito, incluindo membros da sua equipe de confiança.
Se Adams renunciar ao cargo, ele será substituído pelo defensor público da cidade, Jumaane Williams, até a convocação de uma eleição especial. A governadora Kathy Hochul tem a autoridade de removê-lo do cargo, mas ainda não tomou uma decisão. Em comunicado, sua equipe informou que está monitorando a situação.
O indiciamento de Adams coincide com a Assembleia Geral da ONU, que trouxe líderes mundiais a Nova York, incluindo o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. A pressão política sobre o prefeito aumentou, com figuras como a deputada Alexandria Ocasio-Cortez já pedindo sua renúncia. Adams também enfrenta um cenário de popularidade em declínio e críticas crescentes à sua gestão da crise migratória na cidade.
Com uma eleição primária prevista para o próximo ano, a crise atual representa um grande revés para Adams, que foi eleito em 2021 com uma plataforma de segurança pública. A crescente pressão política e legal poderá definir os rumos de sua carreira e da cidade nas próximas semanas.
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