Prefeito de cidade na Líbia é preso após rompimento de barragens
O prefeito da cidade líbia de Derna, Abdulmonem al-Ghaithi, foi preso, nesta segunda-feira (25), por negligência após o rompimento de duas barragens que resultou na morte de pelo menos 3.800 pessoas durante uma tempestade no início do mês...
O prefeito da cidade líbia de Derna, Abdulmonem al-Ghaithi, foi preso, nesta segunda-feira (25), por negligência após o rompimento de duas barragens que resultou na morte de pelo menos 3.800 pessoas durante uma tempestade no início do mês.
Além do prefeito, outras autoridades municipais também foram detidas, totalizando oito funcionários governamentais sob prisão temporária. Eles ocupavam cargos relacionados à administração de recursos hídricos ou barragens e são suspeitos de má gestão e negligência.
A investigação, conduzida pelo escritório da Procuradoria-Geral em Trípoli, teve início em 15 de setembro, cinco dias após a passagem da tempestade tropical Daniel por Derna, que provocou o rompimento das duas barragens na área urbana da cidade.
Segundo o procurador-geral líbio, Al Seddik al-Sour, fissuras nas duas barragens já haviam sido registradas, em 1998, pela agência responsável pela supervisão. Nos anos seguintes, houve tentativas frustradas de reparo. Uma ordem para consertar as barragens em 2007 nunca foi cumprida devido à guerra civil que se seguiu à queda do ditador Muammar Gaddafi, em 2011.
No entanto, há um contrato de 2014 que está no centro das investigações. A Procuradoria-Geral alega que o Departamento Hídrico líbio transferiu valores desproporcionais para uma empresa turca pelos serviços, mesmo que a empresa tenha violado os termos do acordo.
Os moradores de Derna responsabilizam as autoridades pelo colapso das barragens, que foram construídas para conter o fluxo sazonal de um rio na cidade. Na semana passada, alguns moradores incendiaram a casa do prefeito Ghaiti em protesto.
O número de 3.800 mortos inclui apenas os corpos registrados pelo Ministério da Saúde líbio. Os corpos sepultados pelos próprios moradores após a catástrofe ainda não foram contabilizados. Além disso, autoridades locais e organizações humanitárias estimam que mais de 10 mil pessoas ainda estejam desaparecidas mais de duas semanas após o desastre. As equipes de resgate continuam recuperando sob os escombros.
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