Porta-voz do Exército israelense contesta ao vivo cobertura da BBC
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Jonathan Conricus, contestou ao vivo a cobertura da BBC World sobre a explosão em um hospital de Gaza e, depois, publicou...
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Jonathan Conricus, contestou ao vivo a cobertura da BBC World sobre a explosão em um hospital de Gaza e, depois, publicou no X, ex-Twitter, o vídeo de sua participação.
Por escrito, ele se declarou “consternado com a duplicidade de critérios no noticiário” e apontou que “a cobertura urgente” da emissora britânica “culpa automaticamente Israel pela explosão em um hospital de Gaza, com base apenas no que o grupo terrorista Hamas afirma!”
Como noticiamos, as FDI e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu atribuíram a culpa a terroristas da Jihad Islâmica Palestina, cujos foguetes disparados das proximidades acabaram caindo, segundo eles, no local. O grupo é aliado do Hamas, responsável pelo massacre de judeus em 7 de outubro.
“E quando investigamos e refutamos as alegações, as provas devem ser apresentadas”, defendeu Conricus na rede social. “Não tenho qualquer problema em ser responsabilizado, mas apenas gostaria que os nossos inimigos fossem submetidos ao mesmo escrutínio.”
Na TV, o porta-voz disse que o editor internacional da BBC, Jeremy Bowen, “não esteve no local, nem verificou os fatos por si mesmo; ele pegou as informações do Hamas e noticiou como se fossem a verdade”.
“Nós não alvejamos intencionalmente civil algum. Todos os nossos disparos têm endereço e esse endereço é o Hamas. Estamos combatendo o Hamas. Eles usam infraestrutra civil para o seu propósito militar e têm uma história documentada de uso de civis como escudos humanos. Eles paralisaram a evacuação do norte, ergueram bloqueios, intimidaram pessoas e disseram a elas para não se dirigirem ao sul, a fim de que elas permanecessem no norte de Gaza, apesar de eles saberem que é muito mais perigoso para os civis ficarem por lá. Isso precisa ser levado em consideração”, pontuou Conricus.
“Estamos lidando com a organização terrorista mais impiedosa e vil. Nós falamos das atrocidades [cometidas pelo Hamas], não vou entrar nisso e repetir. Mas há também outro aspecto do noticiário aqui. Vimos o Hamas cometer os atos mais deploráveis contra civis israelenses e contra seus próprios civis. E eu acho que já está na hora de jornalistas, que estão cumprindo seu dever profissional, agirem com extrema consciência na cobertura de acontecimentos envolvendo mortes em Gaza. Porque toda informação que está saindo de Gaza é controlada e divulgada pelo Hamas. E eles não têm pudor em mentir. Eles não prestam contas a ninguém. Eles não contemplam a verdade. Eles não se importam em mentir e distorcer, e em deturpar acontecimentos locais, desde que sirva ao propósito deles e eles possam culpar Israel”, explicou o porta-voz, acrescentando que o caso da explosão no hospital é um exemplo disso.
Ele também refutou a alegação de que os terroristas não teriam armamento capaz de provocar tamanho estrago.
“Muitos e muitos quilos de explosivos, especialmente os mísseis de longo alcance que tanto o Hamas quanto a Jihad possuem, causam danos substanciais. E, se as pessoas não estão em abrigos, muitas delas morrem.”
Assista ao vídeo da entrevista.
Em participação posterior na CNN americana, Conricus disse que, entre as provas a serem apresentadas por Israel sobre o caso, está o áudio de uma “conversa entre terroristas do Hamas, interceptada por nós, na qual eles discutem o fato de que ‘opa, parece haver uma falha ou explosão num foguete’, que caiu em seguida dentro da Faixa de Gaza. E isso, claro, é muito autêntico e muito ilustrativo do que aconteceu.”
Assista aqui.
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