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População da Coreia do Norte enfrenta escassez de alimentos

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3 minutos de leitura 06.02.2024 12:15 comentários
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População da Coreia do Norte enfrenta escassez de alimentos

Desertores do país liderado pelo ditador Kim Jong-un revelaram que nunca receberam alimentos do governo norte-coreano

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População da Coreia do Norte enfrenta escassez de alimentos
Foto: Reprodução/KCNA

Um levantamento divulgado pelo Ministério da Unificação de Seul revelou que a maioria dos norte-coreanos que se deslocaram para a Coreia do Sul, nos últimos dez anos, afirmam nunca ter recebido alimentos do regime liderado por Kim Jong-un.

O relatório, que compilou dados coletados em entrevistas com mais de 6.300 desertores entre 2013 e 2022, revela a situação econômica e social precária na Coreia do Norte.

Escassez de alimentos na Coreia do Norte

Nos últimos anos, o país tem enfrentado escassez de alimentos, agravada por desastres naturais e pelas sanções impostas pela comunidade internacional. Durante a pandemia, a queda no comércio fronteiriço também impactou negativamente a economia norte-coreana.

Segundo as Nações Unidas, em maio de 2019, Pyongyang reduziu as rações diárias de alimentos entregues à população para o nível mais baixo registrado, de 300 gramas.

Na época, alertaram que o regime poderia ser forçado a cortar ainda mais essas rações caso não recebesse ajuda internacional.

O que revelou a pesquisa?

De acordo com o estudo sul-coreano, 72% dos desertores que chegaram à Coreia do Sul entre 2016 e 2020 afirmaram nunca terem recebido alimentos do regime. Esse número era de 62% antes de 2000. Muitas famílias norte-coreanas têm uma dieta baseada principalmente em arroz e kimchi, uma preparação fermentada de vegetais, com pouca ingestão de proteínas.

Além disso, cerca da metade dos norte-coreanos entrevistados relataram não receber salários ou alimentos de seus empregadores, em comparação com um terço antes de 2000. No entanto, quase 94% afirmaram que conseguiam ganhar dinheiro por meio do comércio informal nos mercados.

A pesquisa também revelou que a população norte-coreana ainda enfrenta problemas em áreas como habitação, saúde e educação, além da falta de recursos básicos. O ministro da Unificação, Kim Yung-ho, mencionado no relatório, destacou que a mercantilização continua sendo uma realidade em muitos aspectos da subsistência dos norte-coreanos.

De acordo com a Folha de S. Paulo, recentemente, Kim Jong-un alertou em uma reunião com correligionários sobre a importância de fornecer às pessoas suas necessidades básicas, incluindo alimentos. Segundo a imprensa estatal, o líder norte-coreano considerou essa questão política como séria.

Corte na renda

Outros dados revelados pelo governo sul-coreano mostram que 41% dos entrevistados foram privados de pelo menos 30% de sua renda pelas autoridades desde que Kim Jong-un assumiu o poder, em 2011. Além disso, mais de 54% dos desertores admitiram ter subornado funcionários do regime pelo menos uma vez, em comparação com 14% antes de 2000.

Em relação às opiniões políticas, 56% dos entrevistados que fugiram após 2016 tinham visões negativas sobre a tomada de poder por Kim Jong-un, enquanto apenas 26% consideravam sua sucessão dinástica legítima. Menos de 30% apoiaram a sucessão hereditária, em comparação com 57% entre aqueles que fugiram antes de 2000.

O estudo também destacou a crescente influência da cultura externa, com 83% dos desertores que chegaram após 2016 relatando que assistiram a conteúdos de vídeo estrangeiros, como dramas chineses ou sul-coreanos, em comparação com apenas 8% antes de 2000. A exposição a essas produções culturais tem contribuído para uma maior diversidade de perspectivas entre os norte-coreanos.

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