Pena de morte para terroristas preocupa famílias de reféns
Em audiência caótica realizada nesta segunda-feira, 20, no parlamento israelense, familiares de reféns sequestrados pelo Hamas no 7 de outubro e deputados nacionalistas debateram acaloradamente sobre...
Em audiência caótica realizada nesta segunda-feira, 20, no parlamento israelense, familiares de reféns sequestrados pelo Hamas no 7 de outubro e deputados nacionalistas debateram acaloradamente sobre medidas extremas em discussão pelos legisladores, como a pena de morte para terroristas capturados. Uma primeira versão da lei foi rejeitada na quarta-feira, 15.
“Parem de falar em matar árabes e comecem a falar em salvar judeus!”, gritou um israelense com esposa e filha sequestradas. “Você não tem o monopólio da dor!”, rebateu Almog Cohen, deputado do partido de direita Otzma Yehudit. “Também enterramos mais de 50 amigos”, complementou. Logo depois, começou uma gritaria geral e Cohen deixou o local.
Parentes das vítimas dos cerca de 240 reféns temem que uma lei que facilite a pena de morte de terroristas em tribunais militares israelenses coloque a vida de seus familiares em risco ainda maior. Na semana passada, o parlamento de Israel rejeitou uma proposta semelhante por 94 votos a 6. Todos os votos a favoráveis vieram do partido nacionalista Yisrael Beytenu.
Benjamin Netanyahu instruiu os representantes do Likud, seu partido, a votarem contra a proposta apresentada na quarta, para que tivessem mais tempo para analisar e fazer alterações. O assunto segue em debate no parlamento.
Proposta
O ministro israelense da Segurança Pública, Itamar Ben Gvir, avisou no sábado, 18, que apresentaria um projeto de lei que determina a pena de morte para terroristas, com o seguinte comentário: “Espero que todos os membros do Knesset apoiem este importante projeto de lei”.
Em janeiro, o ministro já tinha tentado avançar com o projeto, após um ataque terrorista que deixou sete israelenses mortos em uma sinagoga na periferia da cidade de Jerusalém. “Qualquer pessoa que mata, fere e massacra civis deve ser enviada para a cadeira eléctrica”, argumentou Ben Gvir na ocasião.
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