Pedro Sánchez vai governar a Espanha por mais quatro anos
Pedro Sánchez, líder do Partido Socialista da Espanha, conquistou uma vitória no Parlamento, garantindo mais quatro anos como chefe de governo do país. Com 179 votos a favor, três a mais do que o necessário, ele assegurou um novo mandato...
Pedro Sánchez, líder do Partido Socialista da Espanha, conquistou uma vitória no Parlamento, garantindo mais quatro anos como chefe de governo do país. Com 179 votos a favor, três a mais do que o necessário, ele assegurou um novo mandato.
Sánchez, que está no poder desde 2018, negociou durante semanas o apoio de partidos regionais da Catalunha, País Basco, Galícia e Ilhas Canárias, concedendo benefícios em troca de votos.
A confirmação de Sánchez como primeiro-ministro põe fim a um impasse que se arrastava desde julho, quando uma eleição geral não resultou em um vencedor. Alberto Nuñez Feijóo, candidato do Partido Popular (PP), conquistou mais assentos, mas não conseguiu o apoio necessário de outros partidos para liderar o país.
Os acordos fechados pelo Partido Socialista (PSOE) de Sánchez incluem uma lei de anistia para os separatistas catalães, em parceria com os partidos pró-independência Junts e Esquerra Republicana de Catalunya (ERC), que estiveram envolvidos em protestos violentos em 2017.
Na última quarta-feira à noite, 15 foram presos após confrontos com a polícia durante um protesto com cerca de 2.000 pessoas em frente à sede do Partido Socialista em Madri.
A negociação da lei de anistia tem sido controversa. Muitos espanhóis criticam a proposta, que absolveria políticos e ativistas envolvidos na tentativa de separação da Catalunha da Espanha em 2017. O projeto foi registrado no Parlamento na segunda-feira, 13.
Feijóo acusou Sánchez de minar o Estado de Direito na quarta-feira, 15, e convocou protestos em massa para sábado, 18 de novembro.
Sánchez argumentou que a anistia ajudaria a acalmar as tensões na Catalunha. No entanto, a formação da nova coalizão significa que a aprovação de qualquer legislação exigirá negociação contínua e estrita adesão aos acordos, principalmente no caso dos separatistas catalães, segundo um relatório do think tank Thinking Heads, sediado em Madri.
Apesar dos socialistas afirmarem que os acordos garantem estabilidade na legislatura, ainda não há um acordo formal para apoiar o orçamento. As negociações serão conduzidas de boa-fé, de acordo com uma fonte socialista sênior.
A porta-voz parlamentar do Junts, Miriam Nogueras, alertou nesta quarta-feira que, caso não haja progresso, eles não apoiarão nenhuma iniciativa apresentada pelo governo.
Sánchez também enfrentará pressão dos separatistas para autorizar outro referendo de independência. Nogueras afirmou que o compromisso com a independência é inabalável e que qualquer afirmação de que esse acordo visa virar a página é enganosa para o público.
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