Inspirada na antiga tradição grega da “ekecheiria”, que exigia a cessação de toda a hostilidade durante os antigos Jogos Olímpicos, esse tipo de “trégua” foi reintroduzida pelas Nações Unidas em 1993, por iniciativa do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Um cessar-fogo será, portanto, solicitado à Rússia durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024 (26 de julho a 8 de setembro), disse Emmanuel Macron no sábado, 16 de março, em entrevista ao canal de televisão ucraniano TSN.

“Estamos prontos para considerar todas as propostas”, declarou Vladimir Putin, reeleito presidente da Rússia no domingo, 17, durante um discurso à imprensa quando levantou a questão de uma trégua olímpica na guerra que opõe Moscou a Kiev há mais de dois anos. “Somos a favor de conversações de paz, mas elas não devem ser organizadas simplesmente porque o nosso adversário está ficando sem munições”, disse ele, conforme relatado pela Tass, a agência de notícias estatal.

Em Novembro de 2023, a Assembleia Geral da ONU já apelou a todos os países do mundo para respeitarem a tradicional trégua olímpica por ocasião dos Jogos Olímpicos de Paris. A resolução, preparada pela França, instava os Estados-membros a “observarem a Trégua Olímpica individual e coletivamente” desde o sétimo dia antes do início do evento e até ao sétimo dia após o final dos Jogos Paraolímpicos, ou seja, de 19 de Julho a 15 de Setembro. O texto foi aprovado por 118 votos a favor e zero votos contra. Apenas dois estados se abstiveram: Rússia e Síria.

Quanto à participação dos atletas russos nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 sob bandeira neutra, Emmanuel Macron lembrou que “a escolha que foi feita é que a Rússia, como país, não esteja presente e que a bandeira não esteja presente, mas que os atletas poderiam, de fato, estar presente.