Papa Francisco aceita renúncia de Arcebispo acusado de encobrir abusos
O Papa Francisco aceita renúncia do Arcebispo polonês Andrzej Dziega, acusado de ignorar abusos sexuais. Leia mais sobre este polêmico caso que agita a Igreja Católica na Polônia e provoca discussões sobre responsabilidade eclesiástica.
O Papa Francisco aceitou a renúncia de Andrzej Dziega, arcebispo da Diocese de Szczecin-Kamien na Polônia, acusado de ter ignorado casos de abusos sexuais cometidos por um sacerdote sob sua supervisão, conforme documentário exibido em 2021 pela emissora TVN24.
O Documentário
Segundo o documentário, o padre Andrzej Dymer, falecido em 2021, foi acusado de abusar de crianças. Dziega, que ocupava o cargo de Arcebispo Metropolitano da diocese de Szczecin-Kamien desde 2009, teria sido informado dos abusos ainda em 1995, porém não tomou qualquer medida.
A aposentadoria do Arcebispo Dziega foi confirmada por um comunicado no site oficial da arquidiocese de Szczecin-Kamien. Entretanto, nenhuma referência foi feita às acusações contra ele. Até o momento, Dziega não realiza pronunciamentos sobre o assunto.
Ações posteriores ao documentário
Após a divulgação do documentário, Dziega destituiu Dymer de seu cargo como diretor de um instituto médico em Szczecin, cidade situada no noroeste da Polônia. Além disso, foi revelado que em 2008, Dymer havia sido condenado por um tribunal religioso pelo abuso sexual de menores. Todavia, o padre recorreu da decisão e acabou falecendo antes da conclusão do processo.
A Polônia, considerado um dos países mais católicos da Europa, tem enfrentado uma série de escândalos de abuso infantil. Segundo informações da Igreja Católica do país, entre 1 de julho de 2018 e 31 de dezembro de 2020, foram recebidas 368 denúncias de abuso de menores. De acordo com os dados do último censo, 71% da população polonesa se declara católica.
Esta recente renúncia do Arcebispo Andrzej Dziega suscita novas discussões sobre os casos de abusos sexuais na Igreja Católica e a responsabilidade dos líderes eclesiásticos frente a esses graves delitos.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)