Papa cobra liberdade religiosa na Nicarágua e direitos humanos na Venezuela
Líder da Igreja Católica denuncia crises políticas e sociais em audiência com diplomatas
Em um discurso lido pelo arcebispo Filippo Campanelli, o papa Francisco alertou sobre as graves situações enfrentadas pela Nicarágua e pela Venezuela. A mensagem foi apresentada durante a tradicional audiência de Ano Novo com o Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé, no Vaticano.
A respeito da Venezuela, Francisco pediu que o país supere sua crise política através da “verdade, justiça e liberdade”, além de destacar a necessidade de respeito à vida, dignidade e direitos humanos, especialmente dos presos políticos. Ele sugeriu o diálogo como solução, ressaltando a boa-fé e o objetivo do bem comum.
Sobre a Nicarágua, o pontífice mostrou preocupação com as ações governamentais contra membros e instituições da Igreja Católica. Ele reiterou a importância de garantir direitos fundamentais, afirmando que a liberdade religiosa é essencial para a verdadeira paz. Segundo Francisco, esta liberdade inclui o direito de manifestar publicamente a fé e participar de comunidades religiosas.
Francisco também abordou questões globais, incluindo o agravamento dos conflitos e a polarização social. Ele lamentou os atentados recentes na Alemanha e nos Estados Unidos, além de expressar repúdio à tentativa de assassinato do presidente eleito dos EUA, Donald Trump. O papa alertou contra a proliferação de notícias falsas, que “distorcem consciências” e alimentam o ódio, e pediu aos líderes presentes que promovam o diálogo.
Diante da possibilidade de uma guerra mundial, Francisco defendeu uma “diplomacia da esperança” e apelou para o cuidado com os mais pobres, criticando o uso de tecnologias modernas e inteligência artificial para fins políticos e ideológicos.
O pontífice condenou a “colonização ideológica” e a cultura do cancelamento, acusando essas práticas de negligenciar os mais vulneráveis. Ele rejeitou a ideia de um “direito ao aborto”, afirmando que toda vida deve ser protegida “desde a concepção até a morte natural”.
Francisco também pediu esforços para resolver conflitos na Ucrânia, Gaza, Sudão, entre outros, além de defender o diálogo entre israelenses e palestinos. Por fim, ele clamou pelo fim da escravidão moderna e pediu a comutação de penas no contexto do Ano Jubilar.
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