Panamá suspende relações diplomáticas com Venezuela
O presidente José Raúl Mulino exige que Maduro forneça todas as atas e prove que realmente venceu a votação de domingo, 28
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino (foto), anunciou nesta segunda-feira, 29, a suspensão das relações diplomáticas com a Venezuela até que o ditador Nicolás Maduro forneça todas as atas e prove que realmente venceu a votação de domingo, 28.
“A relação estabelecida com a República da Venezuela foi prejudicada. Primeiro, pelo fechamento unilateral por parte do governo venezuelano do espaço aéreo para voos da Copa Airlines. Em segundo lugar, pelo que aconteceu no dia de ontem: um assalto ao sistema democrático.
Não podemos olhar para o outro lado antes da intenção de golpe institucional na decisão soberana do povo da Venezuela. Tenho certeza de que dentro da democracia tudo, mas fora da democracia nada. O Panamá não será condescendente com a manipulação.
O governo do Panamá anuncia a retirada do pessoal diplomático da Venezuela e suspende as relações diplomáticas enquanto não se realize uma revisão das atas e do sistema informático de escrutínio de votação que permita conhecer a genuína vontade popular.”
Mulino também afirmou que solicitará uma reunião do conselho permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), assim como estabelece sua Carta constitucional, para discutir a situação da Venezuela.
Boric também quer ver as atas
O presidente do Chile, Gabriel Boric, também cobrou transparência total nas atas.
“O regime de Maduro deve entender que os resultados publicados são difíceis de acreditar. A comunidade internacional e sobretudo o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos no exílio, exigem total transparência das ações e do processo”, afirmou o presidente do Chine no X.
“Do Chile não reconheceremos nenhum resultado que não seja verificável”, acrescentou.
Ditadura de Maduro dá vitória a Maduro
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou a vitória do ditador Nicolás Maduro, por 51,2% dos votos, com 80% das urnas apuradas.
Ainda segundo o CNE, que é aparelhado pelo chavismo, o candidato da oposição, Edmundo González, teria obtido apenas 44,2% dos votos.
A apuração dos resultados foi marcada por indícios de irregularidades.
O CNE paralisou a divulgação da contagem de votos em “numerosas” seções, denunciou a oposição ao longo da noite.
Leia mais: Mostre as atas, Maduro
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