Pai de atirador é preso após massacre que deixou 4 mortos em escola nos EUA
Colin Gray comprou a arma usada pelo filho, de 14 anos, no ataque que matou alunos e professores
O pai do adolescente de 14 anos responsável por um ataque a tiros em uma escola na Geórgia, nos Estados Unidos, foi preso nesta quinta-feira, 5.
Colin Gray, de 54 anos, enfrenta acusações de homicídio culposo, assassinato em segundo grau e crueldade com crianças após ter comprado a arma usada no massacre como presente de Natal.
O ataque ocorreu na quarta-feira, 4, na Apalachee High School, onde o adolescente matou dois alunos e dois professores, além de ferir nove outras pessoas. Autoridades já haviam alertado a família do assassino meses antes, durante uma investigação de ameaça que ele teria feito à escola.
Em coletiva, o diretor da polícia da Geórgia, Chris Hosey, afirmou que outras escolas no estado também receberam ameaças recentemente, resultando em várias prisões. “As autoridades agiram rapidamente em todos os casos”, disse Hosey.
A prisão de Gray alimenta o debate sobre a responsabilização de pais em casos de violência armada nos Estados Unidos, especialmente quando há negligência no controle de armas.
No Brasil, atirador da Geórgia estaria livre antes dos 18 anos com ficha limpa
No massacre ocorrido na Apalachee High School, em Winder, o atirador Colt Gray, de 14 anos, abriu fogo dentro da escola, matando dois estudantes e dois professores (foto). As vítimas foram identificadas como Mason Schermerhorn e Christian Angulo, ambos com 14 anos, e os professores Richard Aspinwall e Christina Irimie, que lecionavam matemática. Outras nove pessoas ficaram feridas, incluindo oito alunos e um professor, todos hospitalizados e com expectativa de recuperação. Gray foi detido no local e será julgado como adulto pelas autoridades americanas.
O sistema jurídico brasileiro, amparado pela Constituição Federal e pelo Código Penal, considera menores de 18 anos inimputáveis, protegendo os criminosos de punições severas, mesmo em casos de assassinatos brutais, sequestro ou estupro. Segundo o artigo 228 da Constituição e o artigo 27 do Código Penal, esses adolescentes não respondem por crimes, mas por “atos infracionais”, e a punição máxima seria uma internação de até três anos em uma unidade socioeducativa, de onde sairiam com ficha limpa ao atingirem a maioridade.
Esse modelo legal, baseado em uma interpretação ultrapassada da teoria da proteção integral, trata todos os menores infratores como vítimas do meio, minimizando a responsabilidade por seus atos. No caso de Colt Gray, que utilizou um rifle AR-15 para assassinar dois alunos e dois professores, a legislação brasileira teria como objetivo a “ressocialização”, ignorando a gravidade do crime e o impacto devastador na sociedade.
O ECA, criado para proteger crianças e adolescentes, se mostra omisso em casos de crimes violentos, permitindo que esses jovens criminosos sejam rapidamente reintegrados à sociedade, sem qualquer punição proporcional ao crime cometido.
Enquanto nos Estados Unidos Colt será julgado como adulto, no Brasil, um adolescente de 14 anos estaria solto antes dos 18, sem qualquer registro criminal. Essa proteção excessiva, sustentada por um sistema que prioriza a ressocialização a qualquer custo, cria um ambiente de impunidade para menores infratores, blindados por uma legislação que não evoluiu para lidar com a crescente violência protagonizada por adolescentes.
A falha desse sistema se revela quando a sociedade é forçada a conviver com criminosos reincidentes, cujos históricos são apagados pela lei, comprometendo a segurança pública e a justiça.
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