OTAN mobiliza 90 mil soldados para maior exercício militar desde a Guerra Fria simulando “ataque russo”
Em sua maior mobilização desde o fim da Guerra Fria, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou nesta quinta-feira (18) que vai convocar 90 mil soldados de...
Em sua maior mobilização desde o fim da Guerra Fria, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou nesta quinta-feira (18) que vai convocar 90 mil soldados de países membros e também da Suécia. Os sete exercícios conjuntos que trabalharão com o cenário de um “ataque russo” começarão na próxima semana e se estenderão até meados de maio.
Exercícios irão simular “ataque russo”
Segundo o comandante-geral da Otan na Europa, o general Christopher Cavoli, a aliança irá “demonstrar sua habilidade para reforçar a região do Atlântico e da Europa com um movimento transatlântico de forças”. Ainda segundo Cavoli, as manobras não têm uma motivação específica e acontecem como parte de exercícios anuais da aliança, porém, o tamanho da convocação deste ano é inédito desde os tempos do conflito bipolar mundial.
Envolvimento da Suécia nos exercícios
Interessantemente, os exercícios irão contar com a participação de soldados da Suécia, um país que não faz parte da aliança militar mas já solicitou formalmente sua adesão. Dessa maneira, esse envolvimento sinaliza uma aproximação cada vez maior entre a Suécia e a aliança ocidental.
Otan vs. Rússia
A convocação dos manobras coincide com uma nova fase de tensions entre a Otan e a Rússia. Quando invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Rússia justificou sua ação alegando estar sendo ameaçada pela Otan, que estava em conversas com o governo ucraniano para uma possível entrada do país no bloco militar ocidental. Recentemente, a Rússia intensificou seus ataques aéreos a grandes cidades na Ucrânia, numa tentativa de exibir sua força após meses sem qualquer progresso significativo nas frentes de batalha.
Ucrânia e o teatro de guerra Russo
Atualmente, soldados russos controlam cerca de 20% do território ucraniano, concentrando-se principalmente em áreas no leste e no sul do país. A convocação da Otan surge como uma resposta direta a essa agressão, reafirmando a determinação da aliança em garantir a segurança coletiva de seus membros frente a ameaças externas.
A Otan, que é uma aliança das Forças Armadas de 31 países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, prevê em seu tratado fundador que uma invasão a qualquer um de seus membros implica numa resposta coletiva de todas as nações que integram o grupo. Essa garantia de segurança coletiva é a base da estratégia de dissuasão que a Otan tem utilizado desde sua concepção.
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