Os números do “terrorismo de Estado” na Venezuela
Até 26 de agosto havia 1.780 presos políticos na Venezuela, segundo a ONG Foro Penal
Pouco mais de um mês depois das eleições presidenciais na Venezuela, com mais de 25 pessoas assassinadas em meio a protestos contra a fraude eleitoral de Nicolás Maduro, e mais de 2.400 detidos arbitrariamente, a ONG de defesa dos direitos humanos Provea afirmou que o país está atolado em um “terrorismo de Estado”.
Até 26 de agosto havia 1.780 presos políticos no país, dos quais 1.581 estavam detidos desde 29 de julho, um dia depois da fraude eleitoral do ditador chavista. Esses dados são da ONG Foro Penal.
Desses detidos, 1.624 são civis e 156 são militares. Ainda segundo o Foro Penal, 114 são adolescentes.
“A situação pós-eleitoral inclui prisões de pessoas que só saíram para protestar”, disse Alfredo Romero, advogado de direitos humanos e diretor da ONG Foro Penal, ao canal NTN 24.
Romero já havia afirmado há alguns dias que a organização registrou “o maior número de presos políticos na história da Venezuela no século XXI”.
A ditadura de Maduro também prendeu 22 dirigentes partidários. Como mostramos, o ex-deputado venezuelano Biagio Pilieri e seu filho Jesús Pilieri foram sequestrados por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), responsável por perseguir os inimigos do ditador Nicolás Maduro.
Segundo o Observatório Venezuelano de Prisões (OVP), mais de 700 pessoas detidas após a fraude eleitoral foram transferidas para duas prisões de segurança máxima na última semana.
Segundo a entidade, as transferências ocorreram em 25, 27 e 30 de agosto e “foram realizadas com muitas irregularidades, inclusive alguns sob engano, pois não avisaram a seus familiares. Muitos deles souberam quando foram levar a comida às delegacias policiais”.
Maduro amplia caçada humana “Tun Tun”
A ditadura ampliou a caçada humana a opositores e defensores de direitos humanos após o Conselho Eleitoral da Venezuela, controlado pelo chavismo, declarar a “vitória” de Nicolás Maduro.
O método utilizado é o “tun tun“, que remete ao barulho de uma mão batendo na porta — como o “tok tok”, em português. O termo foi criado pelo número dois do chavismo, Diosdado Cabello, em 2014.
O “tun tun” ocorre quando oficiais do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) e da Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM) batem nas portas das pessoas procuradas sem nenhum mandado ou acusação.
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