Os democratas que ameaçam a democracia
Em artigo para a Crusoé (aberto para não assinantes), Mario Sabino comenta a confusão no primeiro turno das eleições legislativas francesas e suas implicações para a democracia representativa...
Em artigo para a Crusoé (aberto para não assinantes), Mario Sabino comenta a confusão no primeiro turno das eleições legislativas francesas e suas implicações para a democracia representativa.
“O primeiro turno das eleições legislativas francesas, realizado ontem, terminou em confusão. A coalizão de esquerda, Nupes (Nova União Popular Ecológica e Social), liderada pelo extremista Jean-Luc Mélenchon (foto), denuncia uma ‘manipulação’ dos resultados pelo Ministério do Interior do governo do presidente Emmanuel Macron.”
“[…] A democracia representativa, por desencanto ou cálculo, está em xeque em várias latitudes, como mostram igualmente os casos dos Estados Unidos e do Brasil. Populistas exploram narrativas falsas para desacreditar o sistema democrático, mas a verdade é que, guardadas as devidas diferenças entre os países, os políticos de centro têm se distanciado dos eleitores, da sua realidade e das suas aspirações — e, nesse vácuo, o populismo extremista de direita e de esquerda crescem, enquanto boa parte dos cidadãos se afasta de um mundo que lhes parece distante e sujo. Não se trata, portanto, de culpar apenas ou principalmente os “autocratas eleitos”, que tentam destruir o sistema por dentro, como apontam os autores do livro Como as Democracias Morrem, dos americanos Steven Levitsky e Daniel Ziblatt. Os “autocratas eleitos” são sintoma, não causa. O maior problema da democracia são os democratas e a sua incapacidade de renovar-se e de mostrar real empatia com a população.”
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