Órbita da Terra está cheia de lixo, com mais de 30 mil objetos
Explore o impacto da poluição espacial na atmosfera terrestre e nos negócios espaciais futuros. Descubra pesquisas sobre detritos estratosféricos e esforços para um espaço mais limpo.
Tempos atrás, olhar para o céu noturno proporcionava um escape para a desordem da terra, criada pelo homem. Atualmente, a história é um pouco diferente. Em pouco menos de sete décadas após o lançamento histórico do Sputnik, nosso espaço se tornou tão saturado de criaturas humanas, levaram até os astrônomos a questionar se a poluição luminosa logo tornará impossível estudar outras galáxias.
Contamos com cerca de 30 mil objetos no espaço maiores que uma bola de softball. Além disso, novos dados indicam que a corrida espacial com fins lucrativos está impactando nosso céu e com efeitos potencialmente prejudiciais ao clima e à camada de ozônio da Terra.
A Participação Humana em Detritos Estratosféricos
Nova pesquisa determinou que 10% das partículas encontradas na alta atmosfera contêm pedaços de metal de foguetes ou satélites fora de órbita. E as previsões para o futuro não são promissoras: espera-se que, nas próximas décadas, os detritos produzidos pelos humanos representem 50% dos aerossóis estratosféricos.
Contudo, as implicações para a camada de ozônio e o climatológicas ainda não estão claras. Uma questão preocupante é a crescente dependência de querosene para alimentar os foguetes da SpaceX, o que adiciona toneladas de novas emissões de combustíveis fósseis a cada lançamento.
Lixo Espacial e o Risco para Negócios
Com uma estimativa de 100 milhões de detritos artificiais do tamanho da ponta de um lápis, existe um risco significativo à realização de negócios no espaço devido ao excesso de tráfego. Atualmente, existem mais de 8300 satélites em órbita e, ano após ano, esse número só cresce. É o aumento da “síndrome de Kessler”, onde o excesso de tráfego espacial cria um ciclo vicioso de mais detritos, provocando ainda mais colisões até o ponto em que os lançamentos se tornem impossíveis.
Empresas como a subsidiária norte-americana da Astroscale estão aumentando seus esforços para limpar detritos orbitais. Em 2022, eles levaram um satélite com um ímã bem a nossa órbita, para coletar um alvo em movimento lançado no mesmo espaço. Além disso, uma nova missão foi lançada para estudar os restos de um foguete deixado na órbita terrestre baixa.
Um Futuro Ecológico no Espaço?
Para um futuro mais ecologicamente consciente, cientistas do Japão e da NASA estão planejando lançar o primeiro satélite biodegradável do mundo, feito principalmente de madeira, no verão americano deste ano. A situação atual pode ser desastrosa, mas pequenos passos estão sendo dados para gerir melhor o lixo espacial e minimizar as consequências para nossos céus e nossa terra.
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