Os líderes da oposição venezuelana María Corina Machado e Edmundo González Urrutia agradeceram numa carta ao rei Felipe VI o seu apoio à “luta pela democracia e pela liberdade” na Venezuela, considerando que a declaração conjunta assinada na semana passada na República Dominicana tem o “claro apoio institucional e pessoal” do monarca espanhol.

Felipe VI liderou na sexta-feira, 16 de agosto, a delegação espanhola, por ocasião da divulgação de um comunicado conjunto no qual se exigiu a publicação da ata eleitoral da eleições presidenciais realizadas em 28 de julho na Venezuela.

“Em nome do povo da Venezuela, queremos expressar a nossa mais profunda e emocionada gratidão”, destacaram Machado e González, numa carta conjunta na qual afirmaram que apoios como o de Felipe VI lhes permitem alimentar a esperança de que o país um dia “será livre”, apesar dos “momentos extremamente difíceis e até dramáticos” de hoje.

“O apoio de Sua Majestade à nossa causa é um testemunho poderoso de que a comunidade internacional defende para os venezuelanos o que toda democracia exige para si: o direito de escolher livremente o seu destino”, acrescentaram.

“A decisão do povo não poder ignorada”

Quase um mês depois das eleições presidenciais realizadas na Venezuela, a líder da oposição María Corina Machado e o candidato da oposição Edmundo González emitiram um comunicado no qual exigem, mais uma vez, o respeito pelos resultados eleitorais do passado dia 28 de julho.

No texto, foram enfáticos ao argumentar que, no dia das eleições, ocorreu “o feito cívico mais importante do século XXI”, no qual milhões de eleitores abriram as portas para o futuro democrático da Venezuela através do voto popular.

“O povo decidiu que o novo presidente constitucional da República Bolivariana da Venezuela para o período 2025-2031 será Edmundo González Urrutia”, sublinharam.

Na mesma linha, o bloco de oposição indicou que “a decisão do povo não pode ser ignorada por qualquer pessoa, seja qual for a posição de poder em que se encontre, por qualquer órgão do poder público e muito menos por aqueles que pretendem agarrar-se a poder.”

A oposição pede respeito pelos resultados depois de apresentar mais de 80% dos registros eleitorais da CNE que recolheu através de testemunhas nos centros de votação e depois de o poder eleitoral do regime ter declarado Nicolás Maduro vencedor sem apresentar apoio para apoiar esse triunfo.

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