Oposição pede impeachment do presidente da Coreia do Sul
A medida foi adotada horas após o presidente Yoon Suk-yeol declarar lei marcial no país
Parlamentares de seis partidos sul-coreanos de oposição, incluindo o Partido Democrático da Coreia (DPK, na sigla em inglês) apresentaram nesta quarta-feira, 4, um pedido de impeachment contra o presidente Yoon Suk-yeol (foto).
A medida foi adotada horas após Yoon declarar lei marcial no país, proibindo qualquer tipo de atividade política, como greves, manifestações e protestos.
A lei marcial foi rejeitada pela Assembleia Nacional sul-coreana.
Pedido de impeachment
Os 191 parlamentares dos seis partidos da oposição participaram da apresentação da moção de impeachment do presidente da Coreia do Sul.
“Nós buscaremos que Yoon seja punido por traição pela lei marcial inconstitucional e ilegal”, disse o porta-voz do DPK, Jo Seoung-lae.
“Nós registraremos uma queixa contra Yoon, o ministro da Defesa Kim Yong-hyun e o ministro do Interior Lee Sang-min, e buscaremos impeachment deles”, acrescentou.
À imprensa sul-coreana, um funcionário do DPK afirmou que o pedido de impeachment deve ser formalmente apresentado em uma sessão plenária na quinta-feira, 5.
Assim que ele for submetido, uma votação deve ocorrer dentro de 24 a 72 horas.
Caso a moção avance conforme esperado pela oposição, ela deve ir à votação na sexta-feira, 6.
Presidente da Coreia do Sul recua
Yoon Suk-yeol revogou ainda na terça, 3, a lei marcial decretada pelo seu governo sob argumento de que “protegeria a ordem constitucional das forças comunistas norte-coreanas”.
Em discurso na TV, ele disse que o gabinete do governo iria se reunir para acatar a resolução da Assembleia Nacional, que, por unanimidade, votou para rejeitar a lei.
“Agora mesmo, a Assembleia Nacional apelou ao levantamento do estado de emergência e retiramos os militares destacados para operações de lei marcial.
Aceitaremos o pedido da Assembleia Nacional e levantaremos a lei marcial numa reunião de gabinete”, afirmou presidente.
Segundo a constituição da Coreia do Sul, o presidente deve anular a lei marcial caso a Assembleia Nacional decida por maioria.
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