ONU pede investigação pela morte de Alexey Navalny
Morte chocante do opositor russo Alexey Navalny gera reações internacionais. Saiba mais sobre os pedidos da ONU por uma investigação completa e transparente neste caso.
Alexey Navalny, conhecido como o principal opositor de Vladimir Putin, teve sua morte anunciada nesta sexta-feira (16), suscitando reações internacionais. A causa alegada pelo serviço penitenciário da Rússia foi um mal súbito pós-caminhada, fato que gerou ainda mais controvérsias ao redor do caso.
Reação da ONU à morte de Navalny
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, demonstrou espanto com a notícia. De acordo com o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, Guterres disse que a morte de Navalny é “chocante”. “Ele espera uma investigação completa, credível e transparente sobre as circunstâncias da morte enquanto estava detido”, acrescentou Dujarric.
Detalhes sobre a morte do opositor
O serviço penitenciário da Rússia lançou uma nota divulgando a morte de Navalny, afirmando que a causa seria um mal súbito durante uma caminhada. Ainda segundo os relatórios, médicos tentaram reanimá-lo por cerca de meia hora, mas sem sucesso. As autoridades garantem que estão investigando o caso.
A mãe de Navalny, em entrevista ao canal de notícias independente russo Novaya Gazeta, afirmou que viu o filho pela última vez na prisão na segunda-feira (12), aparentemente “saudável e alegre”. Essa foi a última vez que mãe e filho se viram antes de sua morte.
A trajetória de Alexei Navalny
Possuindo 47 anos, Navalny destacava-se por ser o principal opositor ao regime de Vladimir Putin. Ele organizou várias manifestações de rua, expondo acusações de corrupção tanto no Kremlin quanto na economia russa.
Aleaxei Navalny ganhou as manchetes do mundo inteiro em 2020, após ser envenenado e ter ficado em estado grave. O governo alemão foi responsável por afirmar que o opositor da Rússia foi envenenado com um agente químico nervoso chamado Novichok. Essa conclusão foi posteriormente apoiada por outros dois laboratórios localizados na França e na Suécia.
Navalny retornou à Rússia em 2021 e foi preso imediatamente sob acusações que ele sempre negou, alegando motivações políticas. Desde então, ele estava detido e suas condições de bem-estar preocupavam cada vez mais a comunidade internacional, especialmente após sua transferência para uma colônia penal ao norte do Círculo Polar Ártico.
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