A ONG Un Mundo Sin Mordaza denunciou na terça-feira, 7, o sequestro de Enrique Márquez (foto), ex-presidenciável e ex-vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.

“Durante a noite deste 7 de janeiro foi conhecido de maneira extraoficial o desaparecimento forçado de Enrique Márquez”, afirmou a organização no X. “Exigimos que o Estado venezuelano pare com a perseguição e dê respostas sobre o seu paradeiro!.”

Segundo o partido Voluntad Popular, Márquez, tal como a maioria dos venezuelanos, “não apoiou a fraude de Maduro em 28 de julho”.

“Ele não cometeu nenhum crime. Exigimos que ele apareça agora e seja libertado imediatamente”, acrescentou.

Em sua última publicação no X antes de desaparecer, o ex-presidenciável criticou o assédio da ditadura de Nicolás Maduro ao opositor Juan Barreto.

“Sempre dissemos que a paz não se decreta, ela se constrói com compreensão e respeito por quem pensa diferente. A nossa Constituição deve ser o ponto de encontro. A paz não pode ser imposta pela força, com intimidação e ilegalidade. Cada passo dado fora da Constituição nos distancia da paz.”

Mais repressão

O partido de oposição Vente Venezuela, de María Corina Machado, denunciou também na terça, 7, a prisão de seis ativistas políticos da oposição.

A legenda diz que foram cinco detidos –Darío Durán, Marianela Ojeda, Eduardo Briceño, Francisco Graterol e Robert Rea– no estado de Trujillo, e um –Jeremy Santamaría– no estado de Bolívar, que faz fronteira com o Brasil.

Genro de Edmundo González

Como mostramos, Rafael Tudares, genro do presidente eleito da Venezuela Edmundo González, também foi sequestrado por agentes da ditadura de Maduro.

“Esta manhã meu genro Rafael Tudares foi sequestrado.

Rafael estava indo para a escola dos meus netos de 7 e 6 anos, em Caracas, para deixá-los no início das aulas, e homens encapuzados, vestidos de preto, o interceptaram, colocaram-no em um caminhão dourado, placa AA54E2C, e o levou embora.

Neste momento ele está desaparecido”, escreveu o opositor no X.

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