OEA: nunca devemos acreditar que ditadura de Maduro cumprirá acordos
Para a OEA, a liderança de María Corina “é insubstituível, assim como toda liderança que surge das convicções e interesses do povo”.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) criticou a decisão do bolivariano Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela que desqualificou a candidatura presidencial da líder da oposição María Corina Machado (foto).
Para a OEA, a liderança de María Corina “é insubstituível, assim como toda liderança que surge das convicções e interesses do povo”.
“Seria patético e repulsivo se alguém tentasse ocupar esse lugar, ignorando o indiscutível pronunciamento popular que ocorreu no país nas primárias”, diz a organização em comunicado divulgado neste domingo, 28.
“Lógica ditatorial de perseguição”
Na nota, a OEA classificou a inelegibilidade da líder opositora como uma “lógica ditatorial de perseguição e violação dos direitos políticos dos cidadãos”, apesar de a medida ser “absolutamente previsível e esperada”.
“Nunca devemos acreditar que esta ditadura cumprirá acordos e compromissos presumidos, o mais recorrente sempre foi a sua violação.”
Corina foi vencedora de primárias em outubro de 2023. O tribunal alinhado a Maduro já havia decidido pela suspensão de todos os efeitos do processo das primárias da oposição. A corte analisava uma série de casos de pessoas que foram inabilitadas nos últimos anos.
Sanções
Como mostramos, os Estados Unidos consideram restabelecer sanções contra a Venezuela após a decisão do Supremo Tribunal bolivariano. O porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, afirmou no sábado, 27, que a decisão da corte “contradiz” o compromisso assumido por Maduro de organizar eleições presidenciais justas em 2024.
Em outubro, Washington flexibilizou os embargos e liberou transações envolvendo petróleo, gás e ouro. Em troca, Maduro assinou com representantes da oposição um acordo para a realização de eleições livres — coisa que não acontece há muito tempo no país.
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