OEA exige soltura de genro de Edmundo González
Luis Almagro afirmou se tratar de um "inaceitável ato de pressão política" contra o presidente eleito da Venezuela
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, exigiu a libertação imediata de Rafael Tudares, genro do presidente eleito da Venezuela, Edmundo González Urrutia, sequestrado pela ditadura chavista nesta terça-feira, 7.
Segundo Almagro, a o regime promove um novo ato de “pressão política“:
“Exigimos a libertação imediata e incondicional de Rafael Tudares. A sua detenção ilegal é da responsabilidade do regime venezuelano e um novo e inaceitável ato de pressão política contra quem o Centro Carter e a comunidade internacional certificaram como vencedor nas eleições de Julho, algo que o regime continua sem refutar com provas“, escreveu no X.
Tudares foi capturado pelas forças de segurança no momento em que levava os filhos à escola em Caracas, na capital do país.
Segundo Edmundo González,” homens encapuzados, vestidos de preto, o interceptaram, colocaram-no em um caminhão dourado, placa AA54E2C, e o levou embora.“
Cerco à casa da mãe de María Corina
Não é a primeira vez que a ditadura de Maduro tenta intimidar seus principais opositores ameaçando a integridade de seus familiares.
Em 28 de novembro de 2024, viaturas do Serviço Nacional Bolivariano de Inteligência (SEBIN) cercaram a casa de Corina Parisca de Machado, mãe de María Corina Machado.
“Duas viaturas do SEBIN estacionaram duas vezes em frente à porta da casa da mãe de María Corina Machado, com sirenes ligadas e funcionários encapuzados rondando a entrada. Eles permaneceram no local por meia hora de cada vez e depois foram embora”, denunciou o Comando ConVzla na época.
Recompensa por González
Diante da promessa de González de retornar à Venezuela para a posse, a ditadura de Maduro anunciou uma recompensa de 100 mil dólares, cerca de 620 mil reais, aos cidadãos que tiverem informações sobre o opositor.
Nas redes sociais, a polícia venezuelana publicou um cartaz com a foto de González com o escrito: “Procurado”.
Em 2 de setembro, a Procuradoria-Geral da Venezuela expediu mandado de prisão contra Edmundo González. O órgão, controlado pelo chavismo, intimou o diplomata para prestar depoimento, por três vezes, sobre a apuração paralela das eleições de 28 de julho.
Reconhecido pelos EUA e por outros países como presidente eleito, González segue afirmando que irá a Caracas tomar posse.
Leia mais: Edmundo González planeja retorno à Venezuela para posse
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