O uber do CEO da Starbucks é um jatinho
A decisão do CEO da Starbucks de usar um avião particular para se deslocar até seu escritório em Seattle gera controvérsia.
Nesta semana, foi revelado que o recém-designado CEO da Starbucks, Niccol, fará um trajeto de quase 1,6 mil quilômetros para se deslocar de sua casa em Newport, Califórnia, até seu escritório em Seattle, Washington. Este deslocamento será realizado utilizando um jatinho particular da empresa.
As críticas a esse uso de transporte têm sido intensas nas redes sociais. A principal preocupação é a discrepância entre as políticas de sustentabilidade da Starbucks e o estilo de vida de seus executivos. Niccol foi escolhido recentemente como o novo diretor-executivo da empresa e deve assumir o cargo em 9 de setembro de 2024.
Políticas de Sustentabilidade Confrontadas: O Que Isso Significa para a Starbucks?
A Starbucks, uma das maiores redes de cafeterias do mundo, sempre se posicionou como uma empresa que busca a sustentabilidade e práticas amigáveis ao meio ambiente. No entanto, a decisão de permitir que Niccol utilize aviões particulares levanta questões.
Por um lado, a empresa tem uma política de trabalho híbrido que exige que seus funcionários compareçam ao escritório pelo menos três dias por semana. No entanto, não está claro se essa política se aplica aos altos executivos como Niccol.
Quais São as Críticas ao Uso de Jatinhos Particulares?
O uso de um avião particular entre Califórnia e Seattle por Niccol gerou uma onda de críticas, especialmente nas redes sociais. O analista de investimentos Dan Coatsworth comentou que essa prática não só é prejudicial ao meio ambiente, mas também envia uma mensagem negativa aos clientes e empregados da Starbucks.
Coatsworth destacou que um líder precisa estar no coração de uma empresa, e não administrando o negócio a partir de uma localização distante. Ele adicionou: “Além do impacto ambiental, isso também não é prático para administrar um negócio de US$ 105 bilhões com aproximadamente 400 mil funcionários.”
Como o Impacto Ambiental é Calculado?
Estima-se que cada hora que um avião particular passa no ar pode emitir até duas toneladas de dióxido de carbono. Um relatório das Nações Unidas em 2021 mostrou que o 1% das pessoas mais ricas do mundo produzia o dobro das emissões de carbono do que os 50% mais pobres.
Nas redes sociais, muitos usuários também compartilharam seu descontentamento. Comentários irônicos apontaram a hipocrisia entre o uso de aviões particulares pelos executivos enquanto a empresa promove práticas de sustentabilidade.
Trabalho Híbrido: Como Funciona na Starbucks?
A questão sobre onde as pessoas devem trabalhar tem sido um debate acalorado nos últimos anos, especialmente após a pandemia de covid-19. Algumas empresas exigem a volta completa ao escritório, enquanto outras permitem o trabalho remoto.
A Starbucks optou por uma abordagem híbrida, exigindo que os funcionários compareçam ao escritório pelo menos três dias por semana. No entanto, ainda não está confirmado se essa política se aplica a Niccol ou se ele poderá trabalhar remotamente de Newport.
Salário e Benefícios do Novo CEO
Outra questão que tem gerado debate é a remuneração de Niccol em seu novo cargo. Segundo a oferta de trabalho, seu salário base anual será de US$ 1,6 milhão (R$ 8,9 milhões), além de um possível bônus de até US$ 7,2 milhões e até US$ 23 milhões por ano em ações da Starbucks.
Tais valores contrastam com os salários médios dos funcionários e aumentam a tensão em torno das políticas de sustentabilidade e o uso de recursos da empresa.
Conclusão
A Starbucks tem tentado se vender como uma empresa que busca a sustentabilidade, mas o uso de jatinhos particulares por seus executivos levanta sérias questões. A crítica pública e os comentários nas redes sociais indicam que os clientes esperam mais coerência entre as políticas ambientais e as ações dos altos executivos.
Embora Niccol tenha demonstrado habilidades de liderança ao recuperar a Chipotle, seu novo papel na Starbucks e o estilo de vida que ele levará podem representar um desafio significativo para a credibilidade da empresa em termos de sustentabilidade.
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