O sucessor de Evo Morales – PAPO com Oliver Stuenkel
Em entrevista à correspondente internacional do Papo Antagonista, Nathalia Watkins, o professor de Relações Internacionais da FGV Oliver Stuenkel analisou o cenário político boliviano após a vitória de Luis Arce, ex-ministro no governo de Evo Morales e também membro do partido MAS (Movimento Ao Socialismo). “Há pouca chance de a gente ver uma repetição de...
Em entrevista à correspondente internacional do Papo Antagonista, Nathalia Watkins, o professor de Relações Internacionais da FGV Oliver Stuenkel analisou o cenário político boliviano após a vitória de Luis Arce, ex-ministro no governo de Evo Morales e também membro do partido MAS (Movimento Ao Socialismo).
“Há pouca chance de a gente ver uma repetição de um projeto autoritário, como a gente viu nos últimos anos na Bolívia”, diz Stuenkel, apontando o novo presidente como “mais pragmático” e “menos ideologizado” que Morales.
Segundo o professsor, “o desafio de Arce é mostrar que ele é autônomo e independente” em relação ao ex-presidente, que renunciou em 2019 ao cargo ocupado desde 2006 após suspeitas de fraude nas eleições e que ainda polariza o país com sua pose de salvador da pátria, sendo muito amado e odiado.
Para Stuenkel, Arce “não parece ser o tipo que criticaria Jair Bolsonaro publicamente ou que faria qualquer coisa que ponha em perigo o contrato de gás” da Bolívia com o Brasil, importante para ambos os países.
Sobre a oposição, o professor disse que “os partidos do centro até a direita estão divididos porque falta uma liderança clara, alguém que conseguiria unificar esses dois lados”.
Assista à íntegra da entrevista:
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