O rei não quer encontrar Milei
Em sua segunda viagem à Espanha, Milei não será recebido pelo rei Felipe VI por causa das recentes declarações polêmicas do presidente argentino
A situação diplomática entre Argentina e Espanha atravessa um período conturbado, motivado pelas recentes atitudes e declarações de Javier Milei. O presidente da Argentina está novamente em foco devido à sua segunda viagem a Madri, marcada por não ser recebido pelo rei Felipe VI nem pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.
Esta viagem surge após Milei descrever a primeira dama espanhola Begoña Gómez como “a mulher corrupta” e disse, entre outras coisas, que “o socialismo leva necessariamente à escravidão e à morte”.
Além disso, o presidente argentino retirou definitivamente a embaixadora espanhola em Buenos Aires. Desta vez, o presidente argentino chega à capital espanhola para ser homenageado com um prêmio, mas sem o acolhimento das principais lideranças do país anfitrião.
O líder argentino irá receber o prêmio anual do Instituto Juan de Mariana, um think tank de orientação neoliberal. Este prêmio é um reconhecimento a contribuições significativas à promoção da liberdade individual, economia de mercado e diminuição do papel do estado na economia, princípios que Milei defende.
O rei não vai se encontrar com Milei
Segundo declarações recentes de autoridades espanholas, a omissão de um convite formal para uma audiência com o rei Felipe VI e o primeiro-ministro Pedro Sánchez é uma resposta às atitudes anteriores de Milei, consideradas desrespeitosas.
De acordo com a agência de notícias AFP, Margarita Robles, ministra da Defesa da Espanha, expressou que a decisão foi “lógica” diante das aritudes de Milei para com as instituições espanholas. Embora Milei tenha solicitado a audiência, o Ministério das Relações Exteriores da Espanha, comandado por José Manuel Albares, não ofereceu retorno.
Gustavo Petro se solidariza com Sánchez
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, manifestou a sua solidariedade ao presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, após as críticas do presidente argentino, Javier Milei, que apontou a esposa de Sánchez, Begoña Gómez, por ser “corrupta”.
“O progressismo avança na Espanha. Minha solidariedade ao presidente espanhol diante dos ataques cada vez mais bárbaros daqueles que não perceberam que levaram o mundo à doença, à fome, à guerra e à possível extinção da vida com a crise climática”, afirmou Petro em mensagem na rede social X.
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