O que se sabe sobre os ataques dos EUA no Iraque
Forças armadas dos EUA retalam com bombardeios em 85 alvos localizados no Oriente Médio. A ação acontece após um ataque que deixou três soldados americanos mortos na Jordânia
Os Estados Unidos executaram um ataque áereo que alcançou 85 alvos no Iraque e Síria. Essa foi a resposta das forças armadas do país ao ataque que matou três soldados americanos em uma base no norte da Jordânia no último mês. De acordo com oficiais americanos, o ataque coordenado foi direcionado à Força Quds, uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã, e milícias aliadas.
A Operação Americana
Em nota dada pelo Comando Central Americano (CENTCOM), o ataque ocorreu às 16:00 (horário do leste americano) – cerca de meia-noite no horário local. Foi utilizado um grande número de aeronaves, incluindo bombardeiros B-1 que foram deslocados diretamente dos Estados Unidos, para atingir um total de 85 alvos em sete localidades diferentes. Mais de 125 munições de precisão foram empregados na operação.
Douglas Sims, general do exército americano, expressou confiança de que os locais escolhidos foram “significativos para a redução das capacidades adversárias”. Para ele, a avaliação do impacto da operação será melhor compreendida no dia seguinte.
Os alvos do ataque e a resposta de Biden
Os militares americanos acusam a milícia pró-Irã, Resistência Islâmica no Iraque, pela autoria do ataque à base militar na Jordânia. De acordo com eles, o drone usado é de fabricação iraniana e similar aos que são fornecidos à Rússia. O grupo militante seria financiado, armado e treinado pela Guarda Revolucionária do Irã.
Em declaração oficial, Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, ressaltou que seu país “não busca conflitos no Oriente Médio, nem em qualquer outro lugar do mundo”. No entanto, advertiu: “Se você fizer mal a um americano, responderemos”.
Para republicanos, a retaliação aconteceu tardiamente. Eles acreditam que a espera de uma semana para o contra-ataque foi excessiva. Para oficiais americanos, a demora foi devido às condições climáticas que obstruíram a visibilidade dos alvos.
A reação iraniana ao ataque dos EUA
O Irã nega qualquer envolvimento no ataque à base Tower 22. Hossein Salami, comandante dos Guardiões da Revolução, afirmou antes das retaliações americanas que “nenhuma ameaça será deixada sem resposta”.
Especialistas acreditam no entanto que o atraso na resposta americana teve como objetivo permitir que o Irã retirasse seu pessoal, evitando um conflito mais amplo.
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