O que está em jogo na Super Terça americana
A Super Terça, marcada para este 5 de março, reúne 15 estados e um território na escolha dos candidatos dos partidos para a eleição presidencial
A Super Terça, marcada para este 5 de março, é o momento definidor das primárias presidenciais dos Estados Unidos, reunindo 15 estados e um território na escolha dos candidatos dos partidos para a eleição presidencial.
Nas primárias republicanas, um total de 874 delegados dos 2.429 disponíveis serão decididos, abrangendo os estados mais populosos do país: Califórnia e Texas. A nomeação oficial do partido requer a conquista de pelo menos 1.215 delegados.
Do lado democrata, um terço dos delegados também será definido, com a Samoa Americana participando e os democratas de Iowa finalizando sua votação pelo correio neste dia.
A contagem dos delegados republicanos para a Super Terça é: Alabama (50), Alasca (29), Samoa Americana (9), Arkansas (40), Califórnia (169), Colorado (37), Maine (20), Massachusetts (40), Minnesota (39), Carolina do Norte (74), Oklahoma (43), Tennessee (58), Texas (161), Utah (40), Vermont (17) e Virgínia (48).
As projeções sugerem que Donald Trump poderia assegurar pelo menos 773 delegados. O ex-presidente já obteve vitórias importantes nas disputas anteriores.
Tudo leva a crer que 2024 repetirá a disputa de 2020 entre Biden e Trump.
Biden e Trump revelam diferenças sobre crise da fronteira e imigração
O presidente americano Joe Biden e o ex-presidente Donald Trump, prováveis adversários na eleição deste ano, têm ideias e históricos totalmente distintas sobre imigração.
Segundo levantamento recente do Pew Research Cerner, 62% dos americanos veem a imigração como benéfica, com 72% favoráveis à cidadania para imigrantes que cumpram requisitos específicos. Esse aparente consenso esconde uma divisão profunda dos eleitores sobre a imigração ilegal.
Durante visita à cidade de Brownsville (Texas) nesta quinta, 29, Biden preferiu falar de mudanças climáticas, referindo-se aos céticos como “neandertais”, o que surpreendeu o público local que esperava um discurso que falasse sobre imigração. Sobre o tema, Biden criticou o Congresso por sua “incapacidade” de aprovar legislação sobre a fronteira.
Trump, em uma entrevista exclusiva durante sua visita à fronteira em Eagle Pass (Texas), descreveu a situação como um “campo de batalha”, criticando o governo Biden pela falta de cooperação do México e pela gestão ineficaz dos governadores democratas dos estados de fronteira.
O ex-presidente enfatizou a presença de migrantes em “idade de combate” provenientes de países como Irã, China, Rússia e Afeganistão, sugerindo uma ameaça potencial à segurança nacional. Ele também lamentou o tratamento preferencial dado aos migrantes em comparação com os veteranos americanos, destacando os incentivos criados pelas políticas atuais que atraem imigrantes ilegais para o país.
Essas diferenças na abordagem da crise na fronteira ilustram as visões irreconciliáveis sobre imigração e segurança entre os dois líderes, o que promete incendiar a campanha deste ano.
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