O que é “tremendamente revoltante” para Celso Amorim?
Assessor especial de Lula condenou ataques da Força Aérea de Israel ao Hezbollah
O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, que chefia o Itamaraty Paralelo do governo Lula de acordo com seus interesses, chamou o ataque aéreo de Israel ao Hezbollah, no Líbano, de “tremendamente revoltante”.
“Eu acho uma coisa tremendamente revoltante, vamos dizer, e perigosa porque ali [há] o risco de uma guerra total. E, veja bem, estamos falando de um lugar onde tem muitos brasileiros”, disse Amorim a jornalistas em Nova York, nos Estados Unidos, antes de uma reunião entre Lula e o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz.
Amorim, no entanto, não condenou com a mesma ênfase os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, quando o grupo terrorista faz mais de 1.200 vítimas e sequestrou 251 civis.
Na época, o ex-chanceler afirmou que o ataque a Israel deveria ser condenado, mas não poderia ser visto como um “ato isolado”.
“Vem depois de anos e anos de tratamento discriminatório, de violências, não só na própria Faixa de Gaza, mas também na Cisjordânia”, afirmou Amorim à Folha de S.Paulo em 8 de outubro de 2023.
“Isso não justifica, volto a dizer, mas o que eu vejo é que o resultado dessa atitude, do aumento dos assentamentos israelenses, é a dificuldade de avançar no plano de paz”, acrescentou.
Já o Itamaraty afirmou, sem citar o nome do Hamas, que “não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação”.
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Ataques de Israel ao Hezbollah
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, confirmou nesta segunda, 23, que a Força Aérea Israelense atingiu cerca de 1.300 alvos do Hezbollah no Líbano.
Em entrevista coletiva, ele disse que os alvos eram, em grande parte, armas armazenadas em casas, incluindo “mísseis de cruzeiro que podem atingir centenas de quilômetros, foguetes com ogivas de mil quilos, foguetes de médio alcance que percorrem até 200 quilômetros, foguetes de curto alcance e veículos aéreos não tripulados armados”.
O Ministério da Saúde libanês afirmou que pelo menos 356 pessoas morreram nos ataques aéreos das FDI ao Hezbollah e deixou outros 1.246 feridos, sem fazer distinção entre terroristas e civis.
“Esses números também se referem a muitos terroristas que matamos hoje que estavam perto das armas”, disse Hagari ao comentar os números.
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