O que acontece com os corpos dos astronautas que não retornam à Terra?
Explorando as mudanças físicas em astronautas que permanecem no espaço por períodos prolongados.
Os seres humanos não evoluíram para viver no espaço, em gravidade próxima a zero. Portanto, aqueles que viajam para lá precisam de treinamento especializado e monitoramento cuidadoso da saúde antes, durante e depois da viagem espacial. Astronautas selecionados para voos espaciais tripulados são capacitados para realizar as missões e lidar com situações de estresse. Isso é exemplificado por Wilmore e Williams, que estão presos no espaço devido a problemas técnicos com a cápsula Starliner, da Boeing.
Enquanto a Nasa e a Boeing decidem se a dupla volta à Terra na própria Starliner ou se aguardam até fevereiro de 2025 para pegar carona com uma tripulação da SpaceX, os astronautas enfrentam os efeitos da exposição prolongada à radiação e à microgravidade. Segundo o astronauta alemão aposentado Thomas Reiter, embora essa situação seja desafiadora, eles possuem a experiência necessária para lidar com isso.
Quem são os astronautas presos no espaço?
Wilmore e Williams concluíram diversas missões para a Nasa, acumulando 178 e 322 dias no espaço, respectivamente. A exposição prolongada ao ambiente espacial pode trazer vários riscos à saúde. As agências espaciais, como o Centro Aeroespacial Alemão (DLR), estudam os efeitos do espaço no corpo humano em laboratórios como o Envihab, próximo a Colônia. Esses estudos são essenciais para entender os desafios da vida fora da Terra.
Quais são os impactos das viagens espaciais sobre a saúde?
A radiação no espaço é um dos maiores desafios enfrentados pelos astronautas. Estudos como o TWINS, que envolveu 10 laboratórios, comparam os efeitos da radiação em astronautas como Scott Kelly, que passou um ano na ISS, e seu irmão gêmeo idêntico Mark, que ficou na Terra. Susan Bailey, bióloga de radiação, destaca que a radiação espacial pode danificar o DNA, aumentando o risco de câncer e estresse oxidativo.
A microgravidade afeta a saúde dos astronautas?
A microgravidade também traz desafios significativos. Os astronautas perdem cerca de 1% a 1,5% de densidade óssea por mês no espaço. Isso pode levar a alterações nos níveis de minerais, aumentando o risco de cálculos renais. A pressão dos fluidos no corpo pode afetar a visão, causando a Síndrome Neuro-ocular Associada ao Voo Espacial (Sans). Williams e Wilmore serão monitorados de perto ao retornarem à Terra.
Como são atendidas as necessidades básicas dos astronautas?
Apesar dos riscos à saúde associados à viagem ao espaço, as necessidades mais imediatas são bem atendidas pela ISS. A estação é reabastecida regularmente com alimentos, água, oxigênio e suprimentos essenciais. Isso garante que Wilmore e Williams tenham o necessário para sobreviver até seu retorno, mesmo que sua volta esteja incerta.
Retorno dos astronautas ainda sem data definida
A Nasa e a Boeing ainda não definiram a data de retorno dos astronautas presos no espaço. Enquanto aguardam, Wilmore e Williams continuam contribuindo para as atividades científicas e de manutenção na ISS, contando com o apoio psicológico e a companhia dos outros astronautas a bordo.
A situação é complexa, mas as agências espaciais se empenham em garantir a segurança e bem-estar dos astronautas durante este período prolongado no espaço. A experiência prévia dos astronautas e os recursos disponíveis na ISS são fundamentais para enfrentar os desafios da microgravidade e da radiação.
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