O preço dos desastres climáticos em 2024: Custos econômicos e consequências globais
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O preço dos desastres climáticos em 2024: Custos econômicos e consequências globais

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 29.12.2024 13:02 comentários
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O preço dos desastres climáticos em 2024: Custos econômicos e consequências globais

Os custos humanos e financeiros são destacados, apontando para a urgência de ações de mitigação.

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O preço dos desastres climáticos em 2024: Custos econômicos e consequências globais
Créditos: depositphotos.com / Arch88

Em 2024, o mundo assistiu a um aumento sem precedentes nos eventos climáticos extremos, um fenômeno amplamente associado ao aquecimento global. Este ano foi marcado por recordes de temperatura, impactando tanto a atmosfera quanto os oceanos. O calor sem precedentes intensificou ciclones, enchentes e outros desastres naturais, afetando todas as regiões do planeta.

Organizações como a World Weather Attribution (WWA) identificam as emissões de gases de efeito estufa, originadas principalmente das atividades humanas, como um dos principais catalisadores dessas catástrofes. Segundo a climatologista Friederike Otto, este foi um ano de riscos iminentes, revelando de maneira clara os efeitos dos combustíveis fósseis no clima global.

Onda de calor e suas devastadoras consequências

O impacto das ondas de calor em 2024 foi significativo, trazendo desafios graves para a saúde pública. Em junho, ondas de calor extremas levaram à morte de mais de 1.300 peregrinos na Arábia Saudita, onde as temperaturas atingiram alarmantes 51,8°C. Outras regiões, como Tailândia, Índia e Estados Unidos, também sofreram com o calor intenso, levando a perdas de vida.

A Europa, por exemplo, experimentou o verão mais quente registrado, com temperaturas superiores a 40°C. Estas condições extremas não apenas causaram problemas de saúde, mas também contribuíram para incêndios generalizados, como os ocorridos na Grécia, que tiveram um impacto devastador sobre o meio ambiente e as comunidades locais.

Como as chuvas torrenciais e enchentes estão ligadas ao aquecimento global?

As chuvas torrenciais aumentaram em frequência e intensidade em 2024, impulsionadas pela evaporação acelerada em oceanos aquecidos. Nos Emirados Árabes Unidos, por exemplo, em um único dia, choveu o equivalente a dois anos, resultando em inundações severas. Esse fenômeno também afetou a África Ocidental e Central, onde milhões de pessoas necessitaram de assistência humanitária devido aos alagamentos.

Na Europa, países como a Espanha e região de Valência enfrentaram enchentes devastadoras, enquanto no Brasil, intensas chuvas no sul levaram a centenas de mortes e desalojaram milhares de indivíduos. Esta prevalência de eventos de inundações ilustra claramente a relação estreita entre um clima mais aquecido e a elevação nos desastres naturais.

Secas e incêndios: uma ameaça persistente

Queimadas (Créditos: depositphotos.com / hannatv)

Em 2024, secas intensas dominaram regiões da América e África, contribuindo para incêndios florestais massivos. Nos Estados Unidos, Canadá e até mesmo na Amazônia, conhecida por sua umidade, a falta de chuva gerou emergências ambientais. A África Austral, por sua vez, testemunhou insegurança alimentar em massa, passando a afetar milhões de pessoas devido às falhas nas colheitas.

O aquecimento global não só possibilita tais eventos extremos, mas também aumenta a frequência deles. Este ciclo de seca e fogo impulsiona um círculo vicioso de destruição, afetando gravemente as economias locais e a segurança alimentar global.

Os custos econômicos dos desastres climáticos

Os desastres naturais de 2024 representaram um custo econômico global que ultrapassou os US$ 310 bilhões. Dentre os mais afetados pelos desastres climáticos, o Brasil sofreu perdas agrícolas significativas, enquanto a produção mundial de vinho atingiu seu nível mais baixo desde 1961. Nos Estados Unidos, os problemas relacionados a eventos climáticos extremos chegaram a gerar prejuízos de bilhões de dólares.

Esses eventos extremos destacam a necessidade urgente de estratégias de mitigação nas políticas climáticas globais, de forma a endereçar o cada vez mais visível custo humano e financeiro dos desastres naturais exacerbados pelo aquecimento global. Avançar em práticas sustentáveis e diminuir a dependência de combustíveis fósseis são passos essenciais para reduzir futuras catástrofes.

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