“O mapa para uma contrarrevolução”
Christopher Rufo, ativista e pesquisador americano, propõe uma estratégia para um segundo mandato de Donald Trump focada na reestruturação do governo federal
Christopher Rufo, ativista e pesquisador sênior do Manhattan Institute, publicou artigo intitulado “O mapa para uma contrarrevolução” no Substack. O texto apresenta um plano detalhado para um segundo mandato de Donald Trump com foco em confrontar o que Rufo classifica de “captura ideológica” das instâncias do governo federal.
O autor argumenta que uma nova administração Trump enfrentará um desafio inédito: a resistência interna dentro do próprio Executivo. Ele menciona exemplos como discussões entre oficiais do Pentágono sobre desobedecer políticas presidenciais e a declaração do presidente do Banco Central dos Estados Unidos, Jerome Powell, de que não renunciaria, mesmo se solicitado por Trump. Segundo Rufo, “a oposição pós-eleitoral ao presidente eleito vem de dentro do próprio Executivo, em desafio ao Artigo II da Constituição.”
Rufo descreve a presença de agendas radiciais de esquerda na burocracia, especialmente em áreas como educação, saúde e justiça, financiadas por recursos federais. Ele atribui essa tendência à administração Biden, que teria promovido políticas baseadas em “diversidade, equidade e inclusão”, um eufemismo para o identitarismo.
O texto sugere que Trump, caso reeleito, deveria implementar uma série de medidas desde o primeiro dia de governo. Entre elas, a abolição de departamentos voltados à diversidade, a revogação de políticas de ação afirmativa e a criação de ferramentas baseadas em inteligência artificial para monitorar e eliminar programas que promovam ideologias progressistas. Ele também propõe reverter decretos de Barack Obama e Joe Biden que estabeleceram políticas de “equidade racial”.
Rufo cita tentativas anteriores de presidentes como Richard Nixon e Ronald Reagan de descentralizar o poder e reduzir o alcance da burocracia. Segundo ele, Nixon tentou devolver poder a estados e municípios, enquanto Reagan focou em cortes de financiamento a programas sociais.
Já Trump, no final de seu mandato, tentou restringir treinamentos de diversidade por meio de um decreto presidencial, que foi revogado no início da administração Biden.
“O governo muda, mas a ideologia permanece: subsidiada pelos contribuintes, administrada pela ‘classe especialista’ e imposta ao povo americano”, afirma Rufo. Ele defende que Trump deve alinhar o governo aos princípios de igualdade e liberdade e combater desvios ideológicos nas agências federais.
Quem é Christopher Rufo
Christopher Rufo é ativista americano, pesquisador sênior do Instituto Manhattan para Pesquisa em Políticas e membro do conselho da New College of Florida. Com formação na Universidade de Georgetown e na Universidade Harvard, ganhou destaque por seu trabalho contra as teorias críticas de raça e a inclusão de discussões sobre questões LGBTQ+ em escolas.
Ele também é autor do livro A Revolução Cultural na América: Como a Esquerda Radical Conquistou Tudo e influenciou políticas como o decreto presidencial de Donald Trump que proibia treinamentos de diversidade em agências federais.
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