O impacto da saída de Bolton sobre Venezuela e Irã
John Bolton, cuja demissão foi anunciada hoje por Donald Trump, não acreditava nas negociações diplomáticas e era a favor de ações duras em várias frentes internacionais. Ainda que o presidente americano não tenha anunciado o nome de seu substituto, já é possível prever algumas mudanças nas relações com outros países, mostra a Crusoé...
John Bolton, cuja demissão foi anunciada hoje por Donald Trump, não acreditava nas negociações diplomáticas e era a favor de ações duras em várias frentes internacionais. Ainda que o presidente americano não tenha anunciado o nome de seu substituto, já é possível prever algumas mudanças nas relações com outros países, mostra a Crusoé.
Na Venezuela, a saída de Bolton deve fortalecer Elliott Abrams, o representante especial de Washington para a Venezuela, governada pelo ditador Nicolás Maduro. “John Bolton estava muito focado na realização de eleições supervisionadas, mas sua insistência nisso não levou a nada. A pressão dos Estados Unidos dentro da Venezuela não se concretizou. O presidente interino Juan Guaidó já está lá há nove meses com apoio americano e não obteve nenhum resultado”, diz à Crusoé o especialista em relações internacionais venezuelano Luis Daniel Alvarez, da Universidade Central da Venezuela.
Quanto ao Irã, também é provável que a diplomacia seja retomada em algum momento. Na reunião do G7 em Biarritz, há duas semanas, Emmanuel Macron tentou até agendar uma reunião entre Trump e o presidente iraniano, Hassan Rouhani. Mas o empurrão francês não foi bem recebido em Washington. Com a saída de Bolton, as conversas podem voltem a andar.
Leia a reportagem de Duda Teixeira na Crusoé:
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