O futuro da medicina já chegou: Transplante de rim sem anestesia é realidade!
Conheça a nova técnica de transplante de rim que dispensa o uso de anestesia geral
“Eu vi tudo”, relata Harry Stackhouse, de 74 anos, residente de Illinois, Estados Unidos. Durante um transplante de rim, ele permaneceu acordado, conversando com os médicos e observando todo o processo. O procedimento, realizado em 15 de julho de 2023, foi a segunda cirurgia que busca tornar comum o transplante sem anestesia geral.
O pioneirismo dessa técnica está sendo liderado por Satish Nadig, diretor do Centro de Transplantes do sistema hospitalar Northwestern Medicine, em Chicago. Desde então, uma terceira cirurgia dessa natureza já foi realizada. “Estamos em um ponto de inflexão na transplantação hoje”, afirma Nadig, destacando o avanço proporcionado pelas novas tecnologias.
Benefícios do transplante de rim sem anestesia geral
A ideia de estar acordado durante uma cirurgia pode ser assustadora para alguns, mas os benefícios médicos de utilizar anestesia espinhal em transplantes de rim já estão bem documentados. Esse método, similar ao aplicado em cesárias, evita a necessidade de intubação, reduzindo riscos como danos às cordas vocais, atrasos na função intestinal e complicações associadas ao “nevoeiro cerebral”, especialmente em pacientes mais velhos.
Como funciona a técnica de transplante sem anestesia geral?
Satish Nadig e sua equipe estão avançando métodos que desafiam os paradigmas históricos da medicina. Tradicionalmente, a anestesia geral é a norma para transplantes. No entanto, a literatura médica cita casos esporádicos de transplantes de rim com pacientes acordados, sem nunca ter sido adotada amplamente.
Quais são as vantagens para a recuperação?
Harry Stackhouse começou a se sentir mal em dezembro de 2019, inicialmente com sintomas de gripe que pioraram até ser diagnosticado com Covid-19 e falha renal. Após sessões de diálise ineficazes, sua filha se ofereceu como doadora de rim.
Surpreendentemente, após o transplante, Stackhouse recebeu alta em 36 horas, comparado às 24 horas do primeiro paciente operado por Nadig. Esta recuperação foi significativamente mais rápida que a média dos EUA, que varia de cinco a sete dias para pacientes sedados. Mesmo sua filha, de 45 anos, sob anestesia geral, teve uma recuperação mais lenta.
Christopher Sonnenday elogia a iniciativa
Christopher Sonnenday, diretor do Centro de Transplantes da University of Michigan Health, destacou a importância dessa inovação. Ele afirmou que “limitar a exposição à anestesia geral tem mostrado acelerar a recuperação em todas as disciplinas cirúrgicas” e que esse benefício também pode ser aplicado em transplantes de rim.
- Redução dos riscos de danos às cordas vocais.
- Aceleração da função intestinal.
- Prevenção do nevoeiro cerebral.
- Recuperação mais rápida.
Porém, o sucesso e a aplicabilidade ampla dessa técnica ainda dependem de mais estudos e experiências em pacientes com condições específicas como obesidade ou doenças cardíacas. Estamos realmente à beira de uma revolução na medicina de transplantes.
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