O fator econômico por trás da lista de países hostis divulgada pelo governo russo
Como mostramos mais cedo, o governo da Rússia divulgou hoje uma lista de países e territórios que "cometeram ações hostis contra a Rússia, suas companhias e cidadãos". Entre eles estão Estados Unidos e todos os países da União Europeia, além de Canadá, Reino Unido...
Como mostramos mais cedo, o governo da Rússia divulgou hoje uma lista de países e territórios que “cometeram ações hostis contra a Rússia, suas companhias e cidadãos”.
Entre eles estão Estados Unidos e todos os países da União Europeia, além de Canadá, Reino Unido (incluindo Jersey, Anguilla, Ilhas Virgens Britânicas, Gibraltar), Ucrânia, Montenegro, Suíça, Albânia, Andorra, Islândia, Liechtenstein, Mônaco, Noruega, San Marino, Macedônia do Norte, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Micronésia, Nova Zelândia, Cingapura e Taiwan. Como esperado, o Brasil ficou de fora.
A publicação de uma lista como essa tem, em primeiro lugar, um efeito político. “Putin (foto) precisa dizer que não está satisfeito com os países que foram contra a Rússia. Caso ele aceitasse as medidas de retaliação calado, ele admitiria a própria culpa na guerra […], disse o professor de relações internacional Dorival Guimarães Pereira Jr., do Ibmec de Belo Horizonte à Crusoé.
Mas há também um importante fator econômico na lista. O comunicado do Kremlin diz que “cidadãos e empresas russas, o próprio estado, suas regiões e municípios” poderão pagar os credores externos de países hostis com rublos. “Eles poderão pagar em moeda fraca, mas ninguém quer receber em moeda fraca”, diz a economista Juliana Inhasz, professora do Insper.
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